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Leandro Ferreira da Silva

1984 - 2021

Viveu intensamente: a vida, o amor por sua esposa e filha, e pela Beija-flor de Nilópolis.

O amor vivido entre Leandro e Valéria pareceu um conto de fadas, conforme ela conta: “Nos conhecemos pela Internet, quatro meses depois fomos morar junto e dois meses depois nos casamos! Ele pediu a Deus uma filha e um mês depois eu estava grávida do seu maior sonho: ser pai"! Eles eram muito amigos, gostavam das mesmas coisas e Valéria ainda não entende porque o melhor amigo dela se foi.

Leandro era filho único e pai de uma única filha, de 5 anos, com quem adorava jogar videogame. Gostava também de jogar um baralhinho com os primos e se considerava o melhor jogador de Las Vegas, se lá vivesse.

Flamenguista doente, nilopolitano ardoroso, ele “torcia pela Beija-Flor até quando ela vinha feia”, brinca a esposa.

Despachante e documentalista, ao trabalhar não fazia clientes, fazia amigos.

Bom prato, achava que todo dia era dia de comer coisas gostosas e descobriu um talento para fazer salgados deliciosos.

“Engraçado, carinhoso e amigo, queria sempre todos perto dele. Às vezes era bravo e ficava indignado, sempre lutando pelo bem-estar de todos. Deixou muita saudade! Sua gargalhada faz muita falta. Passamos alguns apertos nos seis anos em que estivemos juntos e, em 2021, realizaríamos o sonho da casa própria. Trocamos de carro, tivemos muitos sonhos, teríamos enfim uma lua de mel e uma festa de bodas de sete anos de casados”, diz Valéria concluindo sua homenagem.

Leandro nasceu em Nilópolis (RJ) e faleceu em Belford Roxo (RJ), aos 36 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela esposa de Leandro, Valéria de Carvalho Adão Ferreira. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Ana Macarini em 8 de maio de 2023.