1935 - 2020
Amava os passarinhos, e as gaiolas que fazia eram só para não deixar escapar sua paixão por eles.
Léo. Assim era conhecido aquele que foi “o melhor e mais amoroso vô do mundo”, diz seu neto Paulo. Mas “voinho” era como gostava de chamá-lo.
Léo adorava passarinhos e seus preferidos eram os canários e os periquitos. Gostava tanto de cuidar desses seres alados que as gaiolas eram feitas por ele mesmo. Como sua paixão não se continha dentro de uma, espalhava seus conhecimentos com os netos que aprendiam como fazê-las.
Apaixonado pelos dezesseis netos e onze bisnetos, eram também as piadas que os mantinham conectados. Sua alegria era vê-los por perto. Era amoroso, cuidadoso e alegre. Paulo conta que seu avô gostava muito de dizer para todo mundo que ele era seu primeiro neto homem. Ele sentia um orgulho enorme disso.
Léo foi casado com Valdelice, “Lica” para ele, com quem teve onze filhos mais uns de criação. Um dos prazeres compartilhados com ela era saborear aos domingos a feijoada que ela fazia como ninguém. Eram um casal amoroso e tinham muito carinho um pelo outro.
“Alegre, amoroso e guerreiro”, é assim que gostaria de ser lembrado, conta seu neto Paulo.
Léo partiu mas deixou muitas boas lembranças que estão guardadas no coração de todos que o amaram e que hoje sentem muita saudade.
Leoncio nasceu em Santa Terezinha (BA) e faleceu em Salvador (BA), aos 85 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo neto de Leoncio, Paulo Cardoso. Este tributo foi apurado por Talita Camargos, editado por Míriam Ramalho, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Rayane Urani em 11 de novembro de 2020.