1951 - 2020
De gargalhada contagiante, abrigava a todos no lugar conhecido do amor: seu abraço quente.
Com sua voz doce e mansa, se Leyla dizia que não gostava de tirar fotos, a filha Edneire fazia questão de fotografá-la para arrancar seus melhores sorrisos.
Amiga da vida, amava observar o crescimento das plantas, ficar com os netos, ouvir Roberto Carlos e comer sanduíches do Subway. Era hábil crocheteira e, no tempo em que não estava trabalhando como bancária, pintava panos de prato como ninguém.
Por 51 anos esteve casada com Valter. Édila, Ednara e Edneire puderam ter a mulher com mania de cuidar de todos ― e que até se esquecia de suas dores para curar as feridas alheias ― como a maravilhosa mãe que foi.
Um costume de Leyla era se esconder nos mesmos lugares da casa para que a filha Edneire brincasse de fingir procurá-la. Com sua gargalhada, revivia os esconderijos tantas vezes repetidos, exatamente como quando abrigava no colo quente as filhas já grandes.
Dona de um olhar marcante e sempre cheirosa, foi símbolo de empatia, generosidade, paciência e amor.
Leyla nasceu em Roraima (RR) e faleceu em Porto Velho (RO), aos 69 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Leyla, Edneire Dantas Cavalcante. Este tributo foi apurado por Hélida Matta , editado por Maya Matta Lopes, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 8 de março de 2021.