Lindalva Maria Cavalcante do Nascimento

1950 - 2020

Era reconhecida até pelos funcionários do shopping, não só pela frequência das visitas, mas por sua alegria.

Lili, Dalva, dona Lindalva, tia Lindalva ela era tudo isso e muito mais. Uma mulher que amava perfume francês e não esperava por nada nem ninguém.

Ela deixou o interior pernambucano ainda moça e foi para a capital. Logo começou a trabalhar e, por isso, se aposentou jovem e pôde curtir bastante o que foi uma de suas maiores realizações na vida: ser vovó.

Vovó Lindinha, como era chamada por um dos netos, foi agraciada com cinco deles. Suas paixões atendem pelos nomes de Cauê, Heitor, Davi, Hugo e Heloísa.

Ela amava passear no shopping, onde fazia compras e tomava sempre um cafezinho. Era reconhecida pela maioria das pessoas que ali trabalhavam, seja por suas frequentes visitas, seja por sua presença alegre.

Lindalva fumava e era diabética. Com o tempo, por se automedicar e por alguns outros fatores, teve a necessidade de se submeter a sessões diárias de hemodiálise, que ao todo duraram dois anos e meio. "Ela ia para a hemodiálise como se estivesse indo para uma balada", conta a filha Maria de Fátima.

Ela foi uma mulher guerreira e de muita fé, um amor como mãe e avó. Gostava muito de ajudar as pessoas e se preocupava com o próximo.

"Ah, Deus! Você me deu um lindo presente. Agora, guarde-a para mim, pode ser? Se possível, com um belo laço vermelho e papel dourado. Guarde minha mãe para sempre, como um presente para mim", pede a filha ao Criador.

"A nós, os filhos, restam apenas a saudade e a certeza de que ela se encontra em um lugar de luz, com seu espírito encontrando a merecida paz", finaliza a filha.