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Luce Verônica Franco de Souza

1956 - 2020

Tinha uma mania engraçada: guardava até talher de plástico de restaurante quando achava bonitinho.

Quando era criança, sua avó paterna lhe deu o apelido de Lindinha. E ficou.

Para Eduardo, seu filho mais velho, Lindinha era “muito mãezona, mas não pegajosa”.

Casou-se em 1978 e teve outros três filho: Fagner, Ícaro e Estela. Quando os quatro eram pequenos, adoravam as visitas às churrascarias e restaurantes. “Eram momentos de muita diversão. Se eu for enumerar, não terminaria hoje”, conta.

Amor, carinho, ternura e generosidade eram sinônimos de Lindinha, que também sabia ser um tanto intempestiva às vezes. “Não era de muitos amigos, era incisiva em suas opiniões”, diz ele.

Ela gostava de ficar na internet, assistindo vídeos no YouTube. E tinha uma mania engraçada: guardava até talher de plástico de restaurante quando achava bonitinho.

Luce nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo filho de Luce, Eduardo Franco. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Ticiana Werneck, revisado por Rosana Forner e moderado por Rayane Urani em 3 de junho de 2020.