1967 - 2020
Um marido maravilhoso, um pai presente e um trabalhador muito honesto.
Quando Luis Fernando escolheu trabalhar como segurança, sabia que às vezes teria de exceder as horas para garantir o sustento da própria família. Mas, sempre que possível, gostava de levar a esposa, Patrícia, e o filho, Victor, para passear. Era a diversão dele, assim como assistir a vários filmes, falar de carros e dormir.
Por mais que a profissão indicasse que era um homem duro, restava dentro de si a definição de ser um “marido maravilhoso, um pai surreal”. Era tão sensível que lhe cabia o apelido de Fê.
Teve de lutar por seu espaço a cada dia. Sofreu racismo, mas nunca quis entrar em confusão. Feito educador, deixava que suas palavras fossem a mensagem para uma sociedade mais igualitária.
Ao despedir-se, deixou para a esposa as palavras que sempre repetiu: “Te amo, minha baixinha”.
Luis nasceu em Poços de Caldas (MG) e faleceu em São Paulo (SP), aos 52 anos, vítima do novo coronavírus.
Jornalista desta história Josué Seixas, em 20 de julho de 2020.