1976 - 2020
Risadinha, paizão, prestativo, sonhador... Seus hobbies eram "lamber" nosso carro e manter a casa arrumada.
Kaká, como era conhecido, era trabalhador, marido e pai muito responsável, de sorriso largo, cativante, um sonhador. Sua característica marcante era justamente o sorriso, a risadinha.
"Pai extremamente presente e participante na criação das nossas duas filhas, estava gestando, junto comigo, a nossa terceira. Ele partiu sem saber o sexo do bebê, mas ansiava que fosse outra menina: 'Olha aí, amor, mais uma princesa!'", diz Shelen, sua viúva.
"No leito de morte, o que mais lembro era sua preocupação em partir e nos deixar sozinhas", revela Shelen.
Continuando suas recordações, conta: "Insistentemente repetia que não queria morrer... Foi uma partida muito dolorosa para mim, pois lutei quatro anos por nossa família. Quando estava grávida da nossa filha mais velha, de sete anos, ele me deixou. Então, lutei quatro anos para juntar nossa família novamente; rezei muito, até que ele voltou para nós. Em três anos, redimiu-se por todo o sofrimento e dor que me causou", afirma Shelen.
"Nossa família era peculiar justamente por isso, essa capacidade de superação. Vou carregar essa marca para o resto de minha vida", finaliza.
Luiz nasceu em Belém (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 43 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela esposa de Luiz, Shelen Suyane Freiesleben Rosso. Este tributo foi apurado por Viviane França, editado por Lúcia Bettencourt, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 5 de agosto de 2020.