1947 - 2020
Proseava por horas, brincava com todos. Sempre tinha algo a falar.
“Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava a gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho
Eu fiquei seu fã”
Trecho da música “Naquela mesa”, de Nelson Gonçalves e Raphael Rabello.
Essa é a lembrança que a família tem de Sr. Manacés: ao redor da mesa grande na cozinha, onde ele adorava estar com a família aos domingos. “Amava minha mãe, os filhos, os netos”, relata o filho Manacés.
Além da reunião familiar, também gostava de receber os amigos no sítio. Era brincalhão! Mas, quando necessário, sabia ser sério.
Segundo o filho Manacés, o pai era aquele “cidadão do bem, que resolvia os problemas de todo mundo”.
Na cidade de cinco mil habitantes, era respeitado e admirado. “Todo mundo chorou quando ele partiu”, lembra o filho.
Era um pai e um amigo “para toda e qualquer hora”, define-o Manacés Filho.
A lembrança e os ensinamentos desse homem apaixonado pela vida e confiante em Deus é o que fortalece essa família que continua se reunindo ao redor da mesa. Mas agora...
“Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim.”
Manacés nasceu em Encanto (RN) e faleceu em Mossoró (RN), aos 73 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho de Manacés, Manacés Leite da Silva Filho. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Denise Stefanoni, revisado por Lígia Franzin e moderado por Lígia Franzin em 24 de maio de 2021.