1954 - 2020
Preocupado com a família e apaixonado pelas netas, ficava feliz em saber que estavam todos bem.
Seu Manoel, amava viajar e passear na sua motocicleta. Trabalhou como pintor de paredes, foi casado uma única vez e teve duas filhas: Giceli e Gicelene.
“Conhecido, carinhosa pelos familiares como Santoca, uma de suas maiores qualidades era a preocupação com a família, principalmente com as netas para as quais, dispensava todo seu amor e cuidado. Quando ele me ligava, sempre perguntava se estava tudo bem. Falava sempre: O papai tem pouco, mas o papai tá aqui pra te ajudar!”, lembra a filha, Giceli.
Extremamente preocupado com a saúde e bem-estar da família, dava conselhos, mas também brincava com todos e emitia uns comentários sem sentido para nos fazer sorrir. Ficava feliz em saber que a família estava bem e que tinha como sustentar os seus.
"Ele foi o melhor pai e avô. Cedo se foi, deixando uma enorme saudade, mas sempre vai estar aqui, em nossos corações”, diz com carinho a neta, Isabela.
Santoca, foi um eterno jovem vaidoso, que colocava apelido em todo mundo.
“Bom, o que falar do meu Buliçoso, rapaz, jovem e muito vaidoso. Eram várias as formas carinhosas, que eu usava para chamar meu pai... A gente imagina tanta coisa nessa vida, mais dificilmente passa pela nossa cabeça um dia escrever sobre alguém que amamos e que já não está entre nós. Desde o dia em que eu nasci, nunca vivi um ano sem estar com ele. Sem vê-lo. E agora quando olho nas minhas lembranças, lembro-me das últimas horas que passei com você meu Buliçoso... Agora os momentos difíceis que passamos no meu crescimento, até me tornar adulta. Os probleminhas que vivemos, já estavam sendo apagados antes mesmo do senhor partir. Estávamos tão bem pai, as brigas já haviam se tornado nulas, já conseguíamos dizer um ao outro que nos amávamos. Nasceu o seu respeito por mim e eu comecei a ter um olhar diferente com relação ao senhor, passei a entender o porquê de tantas atitudes certas e erradas suas. Estávamos tão bem, você sempre se preocupava com a gente e eu fiquei ainda mais preocupada com o senhor. Mas eu sou eternamente grata a Deus, porque estive ao seu lado. Agora só tenho uma enorme gratidão a Deus e uma saudade enorme de olhar para você. Te amo meu jovem!” – relata com afeto a filha Gicelene.
Manoel nasceu em Belém (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 65 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Manoel, Gicelene Monteiro. Este texto foi apurado e escrito por Lucas Cardoso, revisado por Rosana Forner e moderado por Rayane Urani em 4 de junho de 2020.