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Manuel Correia

1933 - 2020

Era o típico português da padaria. Fez muito pão, dançou muito o Vira, chorava ouvindo fados. Alegrava a família.

"Ah, meu tio Manuel! Um cara espetacular. Vascaíno, animado, sorridente, trabalhador, inquieto, nervosinho, engraçado, amava festa, adorava dançar", assim a sobrinha-neta Adriana rememora o tio.

E, pudera! Andava pelo bairro cumprimentando todo mundo. "Todos conheciam o Manel no bairro da Posse, em Nova Iguaçu!" Ela conta que o tio era o irmão caçula da sua avó. "Português forte! O típico português da padaria!", como ela diz, veio do outro lado do mar, trabalhou muito fazendo pão e venceu porque construiu uma família com muito amor.

Manuel esteve com a mãe nos momentos bons e maus da vida dela. Agora que partiu, segue sendo forte o suficiente para ficar na memória da família para sempre. E o faz cantando, dançando o Vira, chorando ao ouvir o Fado, bebendo sua cervejinha.

Adriana afirma que seu tio-avô é uma pessoa que tornou o mundo melhor com a sua presença. "Sinto o sofrimento dos meus primos queridos, que faziam de tudo pelo pai, e também de todos os netos. Meus pensamentos e sentimentos estão com vocês", ela diz, e conclui sua homenagem: "Tio Manel, sempre presente!"

Manuel nasceu em Cimbres (Portugal) e faleceu em Nova Iguaçu (RJ), aos 87 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha-neta de Manuel, Adriana Vieira Santana. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Jesiel Eliezer Zerbo, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 10 de setembro de 2020.