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Manuel Raimundo Marques Correa

1961 - 2020

Com amor incondicional pela família que construiu, dizia o "eu te amo" mais verdadeiro do mundo.

Manuel Raimundo era um profissional autônomo apaixonado pelos seus filhos e pela família.

Ray ou Japonês, era com esse carinho que os amigos e familiares tratavam o amigo que, diariamente enviava mensagens de “bom dia”, através do aplicativo de mensagens.

Era apaixonado, afetuoso, muito amoroso e carinhoso, nunca deixou de trabalhar para garantir que nada faltasse à mesa, sempre com uma humildade que batia no teto.

Adorava passar horas assistindo televisão e tinha costume de, sempre pela manhã, mandar uma mensagem diária no grupo da família. Mas não aquelas genéricas de bom dia, mas sim falando o nome de cada um integrante dela. Era assim que Ray começava iluminando o dia das pessoas, sempre com uma afabilidade que causava inveja.

Ele foi casado duas vezes. A primeira foi com Joana Barros, com quem teve três filhos, e a segunda com Ruth Godin, mãe de seu quarto filho da família mais sortuda de que se ouve por aí.

Ele sempre relembrava de quando sua filha Mayse era bebê e a chamava de "coisa linda do papai".

Hoje, sendo a filha mais velha com 40 anos, relembra do apelido carinhoso que Ray dava para os filhos: Peleto, Polote, Pilise e Peleck.

Manuel Raimundo simplesmente adorava fazer demonstrações de amor e de afeto com todos. Ele fazia questão de nunca se despedir sem dizer que amava sua família. E, mesmo diante de toda essa luta, fez novamente pela última vez. Sempre, sempre declarava o amor incondicional que sentia por todos. "Sentiremos muita falta desse amor", afirma Mayse Regina.

Manuel nasceu em Breves (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 59 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Manuel, Mayse Regina Barros Corrêa. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Theo Costa e por Marcia Horacio Barbosa, revisado por Paola Mariz e Lígia Franzin e moderado por Edson Pavoni em 21 de julho de 2020.