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Marcelo Alirio Duarte

1963 - 2020

Tinha um astral incomparável e sorriso único, capaz de contagiar a todos.

Leveza, gentileza e alegria, são três coisas que caracterizavam Marcelo.

Boêmio nas horas vagas, adorava farrear, principalmente se tivesse uma cervejinha gelada ou uma cachaça das boas. Era o tipo de pessoa tranquila, que não queria guerra com ninguém, preservava as amizades e gostava de conquistar novas.

Sabia rir da vida, respeitar as diferenças e transitar entre as mais diversas tribos. Marcelo tinha um bom coração e um companheirismo singular, era bom tê-lo por perto.

"Lembro que, quando era pequena, via na estante da casa da minha avó os discos de vinil, aqueles com os sambas-enredo dos carnavais passados. Ela sempre dizia: 'Cuidado! Esses discos são do Marcelo'", recorda a sobrinha Priscila

Ele era aventureiro, gostava de acampar próximo a cachoeiras, improvisava o jantar e o café do dia seguinte. O importante era curtir o momento!

Não tinha tempo adverso que roubasse sua alegria. E assim ele será sempre lembrado: através da irreverência, do sorriso, dos discos e das aventuras, mas principalmente por causa da leveza do seu bom coração. Marcelo foi luz.

Marcelo nasceu em Santo Antônio do Itambé (MG) e faleceu em Santo Antônio do Itambé (MG), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha de Marcelo, Priscila Cândida Duarte Gonçalves. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Leiana Isis de Oliveira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 2 de maio de 2021.