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Marcelo Amaral e Silva

1969 - 2020

O homem mais generoso e com o sorriso mais cativante do mundo.

Marcelo foi fuzileiro naval, na Marinha do Brasil, e tinha orgulho de ser chamado de Amaral. Seguiu carreira em empresa privada e, além disso, como voluntário, foi professor de geografia nas horas vagas.

Poderia ser definido, antes de mais nada, como um homem generoso. “O mais generoso do mundo”, diz sua companheira Simone. Era considerado um militante da boa política para a vida.

Era muito feliz. Amava conhecer pessoas, qualquer um que pudesse contribuir com sua história de vida. Sua alegria era cativante. Gostava de coisas simples, apreciava a natureza.

Viajante de carteirinha, sempre quis conhecer os lugares mais inusitados. “Era uma enciclopédia de informações. Por onde passava, fazia amizades facilmente e adorava contar suas experiências em outros países. Uma delas foi no continente africano, em Angola”, relata Simone.

Sempre se preocupou com as desigualdades sociais no mundo, levava a política pública a sério, pois sabia a importância que isto tinha para mudar o seu país. “Ele pensava no mundo e nos seres humanos como um todo.”

Era conhecido como um homem honrado, tranquilo e feliz. Com um sorriso cativante e largo, além de ser um bom ouvinte. Era um grande leitor e fazia questão de passar todo seu conhecimento adiante.

Marcelo amava poucos, mas amava muito. “Eu, Simone, fui uma dessas pessoas ao qual era declarado esse amor transcendente, nos 23 anos de convivência. Éramos unidos por uma fortaleza chamada ‘confiança’. Foram dias de luta no hospital, cheios de esperança, declarando suas vontades, registradas em nossas conversas mais particulares. Se foi alguém insubstituível em minha vida.”

Foi considerado um grande homem. Uma de suas frases preferidas era: “Da vida nada se leva, a não ser o seu legado deixado”.

Emocionada, sua companheira faz um relato: “Ele queria mudar o mundo para um mais justo e melhor. Este era para mim o meu querido Marcelo, que se foi com sabor de mais vida, pois sua alma e sua memória eram jovens demais. Meu eterno amor a Marcelo Amaral e Silva.”

Marcelo nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 51 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela companheira de Marcelo, Simone Vaz. Este tributo foi apurado por Viviane França, editado por Marcela Matos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 12 de outubro de 2020.