Sobre o Inumeráveis

Marco Antonio Ribeiro da Silva

1974 - 2020

Dizia: "Vamos pra cima!", como incentivo aos colegas de trabalho, sempre com um sorriso a iluminar seu rosto.

Esta é uma homenagem escrita por dezessete pares de mãos; esposa, amigos, familiares... Todos movidos pela mesma intenção: deixar uma mensagem de amor ao "Amado e grande Marcão".

Simone Neves Viana Ribeiro da Silva, esposa.

Muito amado e querido, Marco sempre chegava com um sorriso largo, brincalhão, vivia exclusivamente para a família. Seus filhos eram as joias da vida dele, seu mais valioso troféu. Deixou evidente seu amor pela esposa — todos os dias —, mais que companheiro, um amigo. Chamava a esposa de Moninha, e ela o chamava de "Meu anjo". Sua segunda paixão era o time do coração, o Corinthians, fazia questão de contar os títulos do "Timão", sabia envolver todos nas brincadeiras e sorrisos.

Pai amado, marido brincalhão e amoroso, era difícil encontrar fotos sem que ele estivesse fazendo careta; eterno brincalhão. Nas horas de folga gostava de assistir a tudo o que se relacionava aos esportes, principalmente ao Corinthians. Cada jogo era uma festa.

Trabalhava como consultor de imóveis e, no trabalho, todos o amavam. Seu sorriso largo e seu jeito divertido provocavam sorrisos em todos. Cumprimentava todo mundo com o mesmo jeito maroto.

Realizou o sonho de tirar a carteira de motorista, e assim, cheio de orgulho, podia conduzir a família. Gostava de cantar músicas sertanejas com letras engraçadas. Viajávamos ouvindo as letras, cantávamos e ríamos juntos durante todo o trajeto.

Nunca esqueceu o presente pitoresco que ganhou da esposa, ria sempre que lembrava. Do alto de seus grandiosos 1,95 m de altura, Marcão calçava 42. E não é que a esposa deu de presente para ele um par de sapatos número 39?! Sempre lembrava-se desse momento achando graça e, ao mesmo tempo, sentindo ternura por sua amada.

Quando chegava numa loja, pedia logo uma camiseta, tamanho M, esperava pra ver a reação do atendente e logo completava às gargalhadas "M de monstro!", pois ele era bem grandão.

Na época de Natal, era ele quem distribuía os presentes para a família, brincava tanto, que o presente ficava em segundo plano, e as brincadeiras eram o motivo das gargalhadas de todos.

Sempre foi alto e fazia uso disso. Gostava de sair nas fotos e se esticava ainda mais para ficar mais alto ainda, dizia que o único que poderia passar dele era o seu rapazinho mais novo, que já demonstrava estar seguindo a altura do pai, e como ele se orgulhava disso!

Foi casado por vinte e dois anos e sempre deixou claro o amor pela esposa e pela família, dizia "eu te amo" com frequência, gostava de dar presentes fora de data, pois dizia que, assim, a surpresa era mais agradável.

Fazia questão de usar a camisa do timão, principalmente quando visitava os parentes palmeirenses. Quando chegava, era aquele monte de brincadeiras abraços e risadas sobre o traje esportivo do torcedor apaixonado.

Era o gigante mais amoroso e grandioso que alguém poderia conhecer. Meu amado viveu para a família, falamos como seria nossa velhice juntos, ríamos até dormir. Meu gigante descansou para acordar nos braços do Pai.

Deixou dois filhos: Pedro, com 19 anos, lindo e com o perfil do pai, e Marco, com 15 anos, que é autista e tinha um imenso orgulho do pai.

Fica aqui o nosso amor eterno.



Marilda Viana, prima.

Que esse corintiano alegre descanse em paz. Deixou suas memórias alegres e sempre estará presente entre nós!!!



Gicela Neves Viana Dias, cunhada.

É comum dizerem aquele típico comentário: "depois que morre todos falam bem!" Em relação ao meu cunhado, Marco Antonio Ribeiro, isso não procede e nunca aceitarei que o digam. Ele realmente era uma pessoa maravilhosa.
Nosso animador de festas, tinha uma piada sempre preparada e, "às vezes, pegava pesado!", disse Gicela entre risos.

Um excelente e zeloso pai, com todo extremo e exagerado amor. Um esposo maravilhoso, referência de lealdade e cumplicidade com minha irmã. Honrou o compromisso assumido no altar.

Um excelente cunhado e irmão para mim. Um tio carinhoso para meus filhos. Por causa dessa pandemia, pouco conviveu com nossa caçula. Foi um genro muito bom, era como um filho para os meus pais.

Aos nossos olhos, ele se foi cedo demais, mas o tempo nos fará compreender. Jamais vamos nos conformar, mas aprenderemos juntos a viver sem sua presença física. Crendo que, lá do céu, zela por todos nós, pois assim quis o Senhor. Fazendo com que essa dor dê frutos de salvação.



Carmen Neves Viana Leal, cunhada.

Nosso querido e amado cunhado que estará para sempre em nossa lembrança e em nossos corações!



Maria Neves Viana, a Dona Lurdes, como é conhecida (sogra)

O Marco Antonio foi um grande genro. O grande amor da vida da minha filha. Era o genro divertido. Sempre com brincadeiras comigo e com muito respeito.

Dei uma taça de presente, e ele dizia: "Dona Lurdes, como vou brindar com a sua filha com uma taça? E caía na risada. Desde então, passou a me cobrar pela segunda e sempre ríamos com isso. Um filho que não tive. Fará muita falta em nossa família.



Rosana Peres, amiga.

O Marcão era um amigo incrível, calmo, companheiro para todas as horas, brincalhão, observador, coerente, humano... fez a minha amiga muito feliz no casamento.

Só tenho que agradecer pelo homem íntegro que foi, pelo seu amor incondicional por sua família, por ter sido um bom filho e pelos filhos maravilhosos que deixou como herança.

Amigo fiel e verdadeiro, fará muita falta! Tenho algumas histórias muito boas, mas lembro-me especialmente do passeio que fizemos para a praia, da noite agradável que passamos comendo churrasco, fazendo graças e dando boas risadas. Que dia maravilhoso! Gratidão sem medidas!



Acleciano Santos Vilela, amigo.

Marco Antonio Ribeiro, meu amigo de fé e meu irmão camarada. Isso mesmo, você era tudo isso e muito mais. Esposo e pai exemplar. Homem de sorriso fácil e de um coração esplêndido.

Tive o prazer de conhecer você e jamais vou me esquecer das nossas boas risadas, até mesmo dos nossos problemas e dificuldades.

Deixo aqui meu pesar pela sua ausência física, porém tenho certeza que estarás sempre por perto de nós. Seus amigos e seus familiares o amarão para sempre! Silêncio... que nosso gigante está descansando!



Marcia Viana de Oliveira Klassen, prima.

Olá Gigante, você saía por aí com seu diálogo de vendedor, já querendo fazer a gente comprar apartamento novo, mudar de time — seu corintiano espertinho! Mania de tirar sarro de todo mundo, de debochar, de falar que não ia pagar o churrasco se nós queimássemos a carne.

Sabe... demos muitas risadas e também brigamos — raras vezes — apenas porque não queria me levar a sério. Um bom pai para o Pedro e pro Marco Junior, um bom companheiro pra nossa Simone.

Demos muitas risadas mesmo. Foi divertido pra mim quando seu Corinthians perdeu, quando seu presidente perdeu, quando meu São Paulo perdeu, quando meu presidente perdeu. Mas hoje parece que foi tão rápido que vivemos essas histórias; parece que não rimos nem choramos o suficiente.

Ainda me lembro do seu casamento e, é claro, da festa. Da gestação das crianças e de todas as festinhas de aniversário que fizemos dos nossos remelentos.

Da descoberta do autismo do Junior. Da batalha que vocês travaram pra que ele tivesse uma infância e adolescência saudável. É tudo tão triste, tão duro... É difícil acreditar que você se foi. Não vou dizer adeus, prefiro um até breve.



Marcos Antonio Coelho Dias, amigo.

Deus nos proporciona conhecermos amigos que entram em nossas vidas sempre deixando marcados em nós um pouquinho de sua essência. Assim foi a passagem do Marco, mostrando que podemos ser sérios e, ao mesmo tempo brincalhões, sendo sempre justos e dispostos a ajudar.

Zelando por sua família, dando valor a cada minuto. Cara incrivelmente lutador, guerreiro, um gigante na hora de enfrentar desafios. Deixará saudades.



Emerson Sandro de Oliveira, amigo.

Marcão, o Gordo, como costumavam chamá-lo carinhosamente na Fatec Barueri — eu o chamo de Amigo, de Irmão. Estudamos juntos por três anos e meio, fizemos parte de grupos de trabalho do começo ao fim, ficamos de D.P. juntos e concluímos a matéria graças a ele, que era muito bom em cálculo.

Saíamos para tomar uma cervejinha, para bater papo, tirar a canseira do corpo, falar do nosso futuro quando nos formássemos. Íamos para a feira às terças-feiras para comer pastel e tomar Coca-Cola no intervalo da faculdade; isso era praxe, toda terça — coisa de amigo. Agradeço a Deus por ter me proporcionado esta amizade. Foi amigo-parceiro de todas as horas.



Abrão Lucas, amigo.

Conheci o Marco no meu ambiente de trabalho e, em pouco tempo, participamos de um mesmo projeto. Aos poucos fomos nos conhecendo e descobri nele uma pessoa dócil, de grande coração e de um sorriso largo.

Um cara alto-astral, bonachão e sempre de bem com a vida, mesmo nos momentos mais difíceis.

Sempre demonstrou carinho com a família, esposa e filhos. O tempo todo preocupado em protegê-los e dar todo o suporte que precisavam.

Assim era o Marco, ótimo pai, ótimo esposo e um filho carinhoso e dedicado com todos. Meu bom amigo!



Paulo Henrique da Silva, amigo.

Marco Antonio (Marcão), difícil escrever e entender a realidade, porque ele se foi para sempre. Conheci o Marco em 2000, trabalhamos juntos.

Marco era uma pessoa especial, muita simpatia, bom humor, de uma generosidade e bondade proporcional ao seu tamanho. Muito difícil lidar com essa falta, por se tratar de uma pessoa de tantos valores e princípios morais, uma pessoa exemplar em amplo sentido, um gigante de doçura.

Um profissional ético e uma pessoa muito esforçada, sempre persistente na luta pela vida; fosse cuidando da família, trabalhando, ou desafiando a si mesmo nos estudos.

Pergunto por que uma pessoa de tanta bondade se foi tão cedo? Perco um grande amigo e fica um grande vazio. Muita força a toda sua família. Vá com Deus, Marco, seus exemplos e sua ternura estarão no dia a dia com a gente.



Renata Neves Viana Moraes, cunhada.

Alegre, Divertia-se muito nas festas da família. Vou sentir muito a sua falta.



Ricardo Vieira Ramos, amigo.

É, meu amigo, agradeço do fundo do coração por tudo que fez por mim na Vila Madalena. Tempos bons, seu sorriso era fundamental para nosso dia a dia, sem contar nas tretas de corintianos, porque você era apaixonado pelo seu time.

Olhe por todos nós aqui na Terra. Um grande abraço do seu grande amigo Norton.



Maria das Graças Vieira, amiga.

Conheci o Marco no início de 2019 e neste tempo tivemos a oportunidade de estarmos juntos em algumas festas, celebrando a vida, que para mim era o que ele e a esposa inspiravam a todos. Meu amigo era capaz de espalhar a alegria por onde passava, gostava de viver e de celebrar a vida.

A companhia do Marco era muito prazerosa, pois ele era tranquilo, tinha um sorriso fácil e era alguém que despertava sentimentos bons dentro de nós.

Sua calma, paz, sorriso largo... tudo isto deixou um enorme vazio, uma saudade que será eterna.

Aqui registro meu carinho, minha amizade e solidariedade aos familiares.

Adeus, Marco, sentiremos sua falta!



Mateus Viana, sobrinho.

Marco era um ótimo tio, um excelente companheiro para a minha tia e um excelente pai para os meus primos, suas brincadeiras nas reuniões de família farão muita falta.

Descanse em paz, tio.



Fernando Marinho Pereira, amigo.

Em meu nome e em nome de todos os colaboradores da Porini (Portugal e Itália), em particular os que tiveram o privilégio de trabalhar e conviver com o Marco Ribeiro, quero expressar os meus sentimentos à família.

Para a mulher e, de forma especial para os filhos, quero partilhar que cruzamos com ele num projeto durante um ou dois anos, por volta de 2012 e, rapidamente ele se transformou no nosso MARCÃO.

Dedicado, trabalhador, apaixonado pela família e pela vida, bem-disposto e humorado, sempre disponível e, sobretudo, um amigo fiel. Por falar em fiel, essa é uma das mais incríveis recordações que guardaremos dele, quando numa noite em que falávamos de futebol, encenou com cânticos e emoção o que era estar na torcida do seu Corinthians.

Desculpem-me se me alonguei, mas não podia deixar de partilhar convosco que, para nós, o Marcão era realmente GRANDE, MUITO GRANDE e espero que um exemplo e referência para vós.

Aqui, deste lado do oceano, será sempre recordado por nós de forma especial.

Marco nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 46 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela esposa de Marco, Simone Neves Viana Ribeiro da Silva. Este tributo foi apurado por Ana Macarini, editado por Ana Macarini, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 4 de março de 2022.