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Maria Apparecida Pereira da Silva

1926 - 2020

Dona Cidinha era mineira e levou pro Rio de Janeiro o seu dom de cozinhar receitas deliciosas!

Mãe e avó de uma família da qual tinha muito orgulho. Foi uma mulher forte e batalhadora, que criou sozinha, seus três filhos, mas que tinha leveza na vida, um riso solto e carinho para dar e transbordar.

Essa mineira, que se “carioquizou” quando foi para o Rio, cozinhava como ninguém e era dona de várias das melhores receitas já vistas pelos seus. Seu pão de queijo, seu pé de moleque e de moça, sua canjica e sua feijoada, davam água na boca.

Ela, sem dúvida, deu muito amor à sua família. Uma das coisas que mais gostava de fazer em sua casa, eram os encontros de família, onde todos se reuniam para jogar conversa fora, rir e se emocionar. Aquela união era a definição de felicidade para ela.

"Com sua risada que era, sem dúvida, a mais linda e doce do mundo, a vovó dizia assim: 'Oh minha querida! Foi você que cresceu mais ou sou eu que estou encolhendo?'”, conta a neta Clara.

Foi uma mulher de fé, de coragem e de testemunho. Viveu muito e abraçou as coisas que o mundo lhe apresentou; tanto as mazelas quanto as alegrias, sem nunca perder sua fé. Fez parte da Comunidade Bom Pastor, da Igreja Nossa Senhora, doou-se para o próximo, fez o bem a vida inteira.

Partiu deixando uma família grande, que sente saudades eternas da querida e amada vovó Cidinha.

Maria nasceu em Visconde do Rio Branco (MG) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 94 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de Maria, Clara Braem Falquer da Silva. Este tributo foi apurado por Michelly Lelis, editado por Flavia Campos , revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 22 de junho de 2020.