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Maria Coelho Frugis

1955 - 2020

Parceira, amiga e confidente que queria ser sempre feliz.

Homenageada por sua sobrinha Talita e pelas filhas Elaine e Elizângela, Maria formou uma família composta pelas filhas; os genros, Marcelo e Márcio; e os netos Yasmin, Guilherme, Clara e Enzo.

Chamada por Marcelo como “Véia” e pelos demais como Maria, era vista como uma pessoa alto-astral e de uma alegria intensa. Para ela, não havia tempo ruim. Dona de uma força interior incrível, sabia tornar leves os momentos difíceis para poder seguir em frente.

Tinha a mania de esconder suas cervejas no guarda-roupa ou no armário do quarto dos fundos, e estava sempre mascando um chiclete.

Foi uma mulher guerreira que lutou muito por sua família. Dona de casa e esposa que sempre fez tudo que podia. Teve seu maior sonho realizado quando suas filhas nasceram e então passaram a ser os tesouros de sua vida. Anos depois, foram elas que tiveram seus próprios filhos e deram netos à Maria; essas crianças se tornaram o seu xodó.

Uma irmã parceira, uma mãe maravilhosa, uma avó sem igual, uma sogra amiga e uma tia confidente. Tratava os genros, Marcelo e Márcio, como seus filhos e amava os netos mais do que tudo.

Vivia intensamente todos os momentos, mas levava uma vida sossegada. Estava em sua melhor fase e mal podia esperar pelas quintas-feiras para ir dançar no Clube Roma, onde, apesar de estar num baile da terceira idade, demonstrava ter o gás de uma menina de 15 anos. Amava tomar sua cervejinha e lá, estava sempre de boa! Seu outro sonho era ser feliz, cada vez mais feliz!

Vaidosa, adorava comprar roupas novas, fazer as unhas e arrumar os cabelos, estava sempre arrumada! Brigava com sua sobrinha Talita para ela se arrumar, ficar sempre bonita. Torcia muito para que ela realizasse o sonho de se tornar mãe pela segunda vez. No momento em que escreve esta homenagem, Talita já aguarda seu segundo filho e sente por não poder compartilhar a alegria com sua tia tão querida.

Aliás, todos da família sentem muito a sua falta, mas Talita sente que perdeu a companheira de confidências, histórias e risadas, mas sabe que elas estarão sempre vivas na lembrança por intermédio das palavras que dizia: “Você nasceu da sua mãe, mas, com certeza, é minha filha também”. Talita relata que as lágrimas correm em seu rosto pela imensa vontade de dar-lhe “aquele abraço”, e de lhe dizer “eu te amo” como ela sempre fazia, palavras que ficarão sempre vivas dentro dela e dos demais familiares.

Maria nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Barueri (SP), aos 65 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela sobrinha e pelas filhas de Maria, Talita Fernandes Lima Petrini, Elaine e Elizângela. Este tributo foi apurado por Patrícia Garzella, editado por Vera Dias, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 26 de novembro de 2020.