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Maria da Conceição Colares Sousa

1963 - 2020

Estava sempre fazendo alguma coisa em algum lugar. Ninguém faz a lasanha de domingo como ela.

Conhecida carinhosamente por Conce. Dona de casa, não conseguia se aquietar um instante. Havia sempre algo a ser feito em algum lugar.

Casada com seu Antônio Marivaldo, cuidava do esposo com todo carinho e dedicação possível. Formaram uma grande família.

Juntos, os dois tiveram cinco filhos, sendo os dois últimos, um casal de gêmeos. Maria da Conceição amou muito cada um deles e, mais tarde, todo esse amor, que não cabia em Conceição e nos filhos, foi transferido também para os netos, a medida que iam chegando. Amava ligar para os filhos e brincar com os netos.

Sempre muito hospitaleira, Conce deixava um rastro de amor por onde fosse. Vivia a fazer o bem e estampava um sorriso no rosto, por mais difícil que pudesse ser a situação. Coerente, íntegra e honesta, estava sempre disponível para ajudar quem precisasse. Era referência de bondade, carinho e atenção para quem a conhecia.

Aos domingos, quando a família se reunia para o almoço, ela dizia que ia fazer "A Lasanha". Realmente, era espetacular.

Uma vez, em uma das visitas aos pais, ela foi descer da carroceria de um carro e acabou pendurada pela bermuda. Toda a família se divertiu com a cena, que se tornou inesquecível. Era uma mulher com força de vontade e muita, muita vontade de viver. Forte e corajosa como apenas ela sabia ser.

Conce viveu tempo o suficiente para se tornar extremamente marcante na vida de todos que a conheceram, mas não viveu tempo o suficiente para que não sentissem sua ausência. Amamos você, Conce. Ninguém faz "A Lasanha" como você.

Maria nasceu em Santarém (PA) e faleceu em Santarém (PA), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo filho de Maria, Márcio Colares Sousa. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Bárbara Aparecida Alves Queiroz , revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 27 de novembro de 2020.