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Maria da Penha Mululu Barros

1951 - 2020

Entre uma viagem e outra, fazia empadões e bolinhos de chuva.

Sempre em movimento. Pepenha, como a chamavam suas primas, adorava circular, seja para passar uns dias na casa da cunhada em Vaz Lobo, ou para viajar pelo Brasil. Há pouco esteve em Itapema, e já estava animada com seu próximo destino. Iria para Vitória. A professora aposentada vivia se encontrando com os antigos colegas do CIEP 320, em Santa Cruz da Serra, perto de Xerém. Era muito querida por todos.

A convivência com seu único filho, Wagner, era diária. Trabalhando perto da mãe, sempre ouvia o universal - e tão particular – “levou o casaco?”. Para ele, fazia empadões e bolinhos de chuva, regados de carinho. Ganhou dele uma smart TV e não desgrudava da Canção Nova. Em seu último dia em casa, descobriu nela recursos que a levaram a assistir a uma missa do Padre Marcelo Rossi. Ficou maravilhada.

Maria nasceu Rio de Janeiro (RJ) e faleceu Rio de Janeiro (RJ), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.

Jornalista desta história Rogério Zé, em entrevista feita com filho Wagner Mululu Barros, em 22 de maio de 2020.