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Maria de Lourdes Brito do Rêgo

1946 - 2020

Uma mulher que transbordava amor e cuidava de todos como mãe.

Conhecida carinhosamente por Lourdinha, foi apegada e devotada à família. Gostava de cuidar dos irmãos mais novos. Perdeu sua mãe ainda criança, aos 3 anos e, talvez por isso, amava a todos como mãe.

Fez Curso Normal e seguiu a carreira de professora. Educou várias gerações de crianças com amor, paciência e muita sabedoria. Quando casou com José Maria Farias do Rêgo, tiveram dificuldade para ter seus filhos. Fizeram tratamentos e, após seis anos, ela já quase desistindo de ser mãe, veio sua primeira filha, Marília, em 1982. Depois vieram Marcelo, em 1985, e Marise em 1991.

Foi mãe e esposa exemplar, criou os filhos com o mais profundo amor. Orgulhava-se de tê-los criado sem bater, pois "o melhor era conversar e explicar". Centrada, amável e cuidadosa, encontrava tempo para dar apoio a todos, passava horas ao telefone conversando com tia Inês, Jesuszinha e com os filhos que moravam longe.

Era uma mulher de fé, católica perseverante, rezava seu terço toda tarde no terraço de casa. Adorava receber visitas e era sempre acolhedora e simpática. Os aniversários na família eram comemorados com quibes, galinha ao molho, doce de leite, bolos, tortas, cocadas, dentre outras delícias que fazia e servia com todo carinho.

Lourdinha foi avó amorosa para as duas netas, Luna e Aurora. As meninas fizeram com que ela renascesse e revivesse os cuidados que teve com os filhos quando pequenos. Foram festejadas e amadas em dobro por ela. Havia ainda uma terceira neta, que estava a caminho quando ela partiu, mas já contava com seu amor e expectativa de avó amorosa.

"Por ser essa mulher tão especial, exemplo de fé e mansidão, Deus a chamou pelo nome, querendo-a ao seu lado tão cedo. O céu ganhou um brilho a mais. Agora, nossa Lourdinha, lá de cima, intercede e abençoa a todos que a amam e a quem ela amou, mas que permanecem nesse plano terrestre", diz a filha Marília, encerrando a homenagem à mãe.

Maria nasceu em Piracuruca (PI) e faleceu em Parnaíba (PI), aos 73 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Maria, Marília Brito do Rêgo. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Phydia de Athayde em 5 de fevereiro de 2021.