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Maria do Carmo de Oliveira

1949 - 2020

Mulher alegre que mesmo nas dificuldades mantinha o sorriso: sua marca registrada.

Carmem, como sempre foi conhecida, era uma mulher alegre e vaidosa que distribuía felicidade entre os familiares e amigos. Com enorme coração, cuidava de todos, especialmente em momentos fraternos, como o Natal, quando fazia um dos filhos se vestir de Papai Noel para alegrar as crianças da família ─ principalmente os pequenos ─ e manter a magia da data, que considerava muito especial.

Sua maior paixão era ver filhos, netos, família e amigos reunidos. “Eu gosto da minha casa cheia”, dizia feliz. Mas havia outra paixão também que a enchia de orgulho: o timão! Tinha prazer em dizer que toda a família era torcedora do Corinthians.

Carmem sempre foi a própria alegria que transbordava. Seja nos passeios com os amigos, que adorava, no acolhimento às pessoas, como as novas amizades que fazia. O seu verdadeiro apego sempre foi as pessoas, nada de coisas materiais.

E a vaidade era um capítulo à parte. Aliás, acompanhou Carmem até na profissão. Cabeleireira e manicure, sentia felicidade em ajudar as pessoas a ficarem mais belas. E não se descuidava também. Amava se maquiar, tanto que, acordava de madrugada, se maquiava e voltava ─ ainda mais bonita ─ a dormir.

Os filhos Claudinei Lopes, Claudia Carregosa, Fernando Lopes e Rodrigo Lopes nunca esquecerão a festa que fizeram para os seus 70 anos ─ ah, não gostava de falar a idade, afinal, era vaidosa, né? Na comemoração, músico sertanejo ao vivo, muita dança e a alegria que era sua marca registrada.

Na passagem do ano novo e chegada de 2020, na casa do filho Claudinei, ela conseguiu reunir todos os netos em uma foto, até parecia que ela estava se despedindo. E assim eternizou aquele momento que será guardado com carinho para sempre.

Ah, Carmem! Mulher de muitos amigos, divertida, guerreira e muito vaidosa. O céu, e o marido Raimundo Lopes de Araujo, com certeza, ficaram mais alegres.

Maria nasceu em Pedregulho (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 70 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Maria, Claudia Carregosa. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Ana Lúcia Ventorim, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 23 de dezembro de 2020.