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Maria do Livramento Lira da Silva

1958 - 2020

Uma rainha que, na praia, voltava a ser criança para brincar com os netos.

Ela era Maria – do Livramento, ainda. Uma mulher que fez da vida um exemplo de amor. E a todas as pessoas que ela amou e que a amaram, dedicou companheirismo e cumplicidade.

Foi menina, brincando de esconde-esconde, ou de carrinho, boneca, no chão da sala, com os netos. Confidente e companheira da filha. Mãezona do filho André. Soube acolher como filhos a nora e o genro. Uma filha e irmã dedicada ao extremo. E eterna namorada do Batista, seu marido, com quem adorava passear de mãos dadas, como num caminho de volta ao começo desse amor, que certamente, não acabou quando ela partiu.

Aos domingos, fazia diferentes pratos no almoço, sempre novos, para reunir a família, que ela adorava ver crescer. E ninguém esquecerá a macaxeira assada, que chega a exalar o perfume delicioso na memória da filha Claudia.

Nunca haverá palavras suficientes para homenagear essa mulher tão especial que deixou, como maior herança, essa imensa capacidade de amar. Mas ela se fará presente, para sempre, nas lembranças perfumosas e elegantes de todos que a conheceram.

“Hoje, ela descansa nos braços do nosso Deus”, tem certeza a Ninha, jeito carinhoso que ela chamava a filha Claudia.

Maria nasceu no Recife (PE) e faleceu no Recife (PE), aos 62 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Maria, Ana Claudia Lira da Silva. Este tributo foi apurado por Hélida Matta, editado por Hélida Matta, revisado por Gabriela Carneiro e moderado por Rayane Urani em 26 de junho de 2020.