Maria do Perpetuo Socorro de Souza Costa

1954 - 2021

Voltava a ser criança na companhia dos netos, jogando bola, empinando pipa e contando histórias.

Homenagem da filha, Adriana, à sua amada mãe:

“Todas as pessoas têm uma linguagem predominante pela qual dão e recebem amor. A da minha mãe, certamente, era a sua dedicação aos seus. Ela foi doação e amor à família a vida toda.

Filha cuidadosa e incansável da dona Antônia e do senhor Pedro. A primogênita que se agigantou e se transformou no alicerce dos irmãos depois que os pais partiram. Também foi a tia preocupada e escolhida como conselheira dos sobrinhos, que abraçava como segunda mãe.

Escolheu para a vida um único amor, Nonato, com quem caminhou por mais de quarenta anos. Uma relação sólida, baseada em amor, respeito e cumplicidade. Foram muito felizes juntos.

Gerou duas filhas, Andréa e eu, às quais dedicou amor incondicional enquanto vida teve. Foram sempre suas ‘pequenas’, mesmo já casadas e mães. Foi cuidadosa, amorosa, sábia, firme, e ensinou, principalmente pelo exemplo, as virtudes da bondade, compaixão, humildade e resiliência.

Como avó de Miguel, Vítor e Vicente, parecia ter voltado no tempo: brincou de bola, de pipa, de escolinha. Foi contadora de histórias e os embalou no colo com canções de ninar. Preparou as mais saborosas receitas e deixou memórias afetivas (gustativas) nos pequenos. Ah, o seu feijão, o seu pudim, as almôndegas com espaguete.

Aliás, era na cozinha que ela transbordava todo esse amor: eram muitos os pratos, saborosos e bonitos, com segredos improvisados e que davam o diferencial no sabor e no aroma. O vatapá da “Peta”, como ela era chamada pelos mais íntimos, era tradição familiar em todas as festas e carregava uma enormidade de sentimentos bons.

Minha mãe deixou um vazio sem tamanho, uma saudade imensurável, mas deixou também — para sempre — muito amor nos corações dos seus amados”.