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Maria Eliane dos Santos

1960 - 2020

Adorava aproveitar uma oferta nos mercados e lojas. Voltava dizendo: “Cheguei, mãe!”

Eliane casou-se aos 17 anos e teve Marcelo, seu primeiro filho, depois vieram Talita e Leonardo.

Amava seus filhos e netos. Levar os netos para comprar doces era motivo de muita felicidade para a vovó Eliane. Tratava José como se fosse um filho, buscava o neto durante a tarde, fazia ele dormir e o entregava à noite.

Também amava cuidar das plantas e dos cachorrinhos. Gostava de ouvir músicas antigas com o som bem alto. A irmã, Emília relembra ainda outras coisas que Eliane gostava de fazer. “Ligava o ventilador sempre, porque sentia muito calor. Gostava de comer bem e não podia faltar o leite condensado”.

Muito caseira, vivia a vida sossegada junto com sua mãe, era a companheira inseparável dela. Fazia os afazeres de casa e gostava muito de ir às compras. “Muitas vezes, sua mãe pedia para que ela comprasse uma coisa só e... lá vinha ela, com o carrinho cheio e dizia: “Ofertas, mãe, temos que aproveitar”, relembra Emília.

Sempre tímida, Eliane arriscava uns passos de dança. Junto com a família e amigos estava presente em todas as ocasiões. Agora faz morada nos corações dos entes queridos.

Maria nasceu no Ceará e faleceu em Guarujá (SP), aos 59 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela irmã de Maria, Emília dos Santos. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Mateus Teixeira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 24 de dezembro de 2020.