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Maria Helena Alves de Oliveira

1952 - 2020

A melhor boleira da família, aquela que atendia todos os pedidos com satisfação.

Maria Helena era uma mãezona. Ela cuidava de tudo e de todos com muito amor, sem nunca reclamar.

Cozinheira de forno e fogão, transformava em realidade o desejo gastronômico de qualquer pessoa. Se o pedido fosse bolo, então ela arrasava. No entanto, o paladar da boleira oficial da família tendia mais para queijos e massas.

Como esposa, sempre zelou pela saúde do marido diabético e esteve firme ao seu lado durante o tratamento contra um câncer de bexiga.

"Encontramos agendas dela descrevendo tudo que passaram", conta a filha Sônia. Para ela, a mãe era uma mulher muito forte e guerreira, que abriu mão de muitas coisas pela família.

Maria Helena também foi uma avó presente, com quem Sônia pôde contar inúmeras vezes para salvá-la de situações com seus próprios filhos.

Saudosa e lamentando a partida tão repentina, relembra o sorriso marcante da mãe e romantiza: "Ela era a flor de olhos azuis do nosso jardim".

Assim como o marido, Maria Helena apreciava as músicas da Jovem Guarda, mas também gostava de ouvir canções românticas, em especial as do Fábio Júnior.

Já na televisão, além das novelas e dos noticiários, os shows atraíam sua atenção.

Maria Helena partiu sem saber que estava viúva há nove dias. Mas Sônia acredita que seu pai, João, estava esperando por ela no Céu. E diz: "Um não vivia sem o outro".

A história do esposo de Maria Helena também está guardada neste memorial, e você pode conhecê-la ao procurar João Borges de Oliveira.

Maria nasceu em Curitiba (PR) e faleceu em Curitiba (PR), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Maria, Sônia Mara Alves Olivete. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente e Hélida Gmeiner Matta, editado por Mariana Quartucci, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 19 de dezembro de 2020.