1959 - 2020
Mesmo com a vida lhe trazendo muitas dores, optou por amar incondicionalmente.
Maria Izabel ostentava um nome proveniente da realeza. Não podemos chamar isso de "mera coincidência", afinal, era a nossa rainha. Ao seu lado, esposo, filhos, netos, parentes e amigos gostavam de ouvir suas opiniões e histórias, que faziam tão bem aos ouvidos.
Apesar das dores que a vida lhe trouxe, não guardava ódio por ninguém. Na verdade, estava constantemente preocupada em agradar. Fazia comida, bolos, salgados, pizza, canjica... Tinha um dom incrível para cozinhar. Mas, talvez, sua maior paixão fosse cuidar das suas plantações. Como se entusiasmava ao contar e mostrar o crescimento delas! Todas elas eram obras de suas mãos em parceria com a natureza.
Sua marca foi a simplicidade. Não era obstinada por riquezas materiais. Gostava de sua casa, da cama e do sofá, onde tirava o cochilo sagrado da tarde. Ai daquele ou daquela que atrapalhasse esse momento ─ a não ser que fossem seus netos; por eles, fazia qualquer coisa. Desde o mais velho, que lhe surpreendia a qualquer hora querendo comida, à caçulinha, de quem matava saudade pelas chamadas de vídeo diariamente.
"Todos teremos que aprender a viver sem ela. Agora, Maria Izabel irá cantar seus hinos de louvor, que aprendeu na infância, diante do próprio Deus. Cabe a nós, que ficamos, termos a mesma esperança. Como imaginar os aniversários e confraternizações sem sua voz e presença? No momento, dói imaginar como será", diz o filho Herbert.
"Certamente, vamos procurá-la. No nosso coração, entretanto, nunca precisará ser buscada, pois sempre estará presente, porquanto, eternamente, é nossa querida, amada e insubstituível rainha", conclui o filho.
Maria nasceu em São Gonçalo (RJ) e faleceu em São Gonçalo (RJ), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho de Maria, Hebert Costa de Abreu. Este tributo foi apurado por Hélida Matta, editado por Vitória Freire, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 19 de dezembro de 2020.