Maria Lenice Albuquerque de Araújo

1958 - 2020

Mulher livre de preconceitos e que se preocupava com o bem-estar de todos; conversar com ela era um enorme prazer.

Dona Maria Lenice, a Nil, nunca pensava apenas nela. O que comprava para ela, também comprava para as irmãs. Após seus afazeres, recostava-se na janela de casa e frequentemente aparecia alguém para papear. Ninguém saía de mãos vazias de lá: "Quer mousse, quer castanha?". Oferecia o que tinha em casa.

O coração de quem parava debaixo daquela janela do mesmo modo era preenchido pelo amor, que espalhava. "Amava ficar debruçada enquanto falávamos sobre a vida, vendo a hora passar.", conta o sobrinho Rafael. Foi agraciada com um neto, o qual ajudou a criar, sanar as dúvidas da filha, mãe solo e de primeira viagem.

Mãe de duas meninas, adotou um sobrinho que tinha uma deficiência que inspirava cuidados, e de Nil ele recebeu todo amparo que precisava para viver plenamente.

Arrumava habitualmente um tempo para si mesma. Amava ir ao salão, cuidar das madeixas e, de vez em quando, à academia. Igualmente, gostava de cozinhar e fazia um feijão como poucos.

Era uma filha tão boa que a mãe só confiava nela para desempenhar algumas tarefas. Dona Maria das Neves, faleceu da mesma forma, de Covid-19 e tinha muitas características parecidas com a Nil, um coração dedicado à família. Para conhecer a história de Maria das Neves, pesquise pelo seu nome neste memorial.

A janela em que se debruçava para oferecer mimos gastronômicos e palavras de amor é preenchida por boas memórias eternas, quando olham para ela. O coração de quem teve a bênção de conviver com ela será, para sempre, mais feliz por ter vivenciado tamanho afeto. Era tanto que ficou nas pessoas que a conheceram e, hoje, espalham bons sentimentos por onde vão.