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Maria Madalena Bitencourt da Costa

1954 - 2020

Com sua fé inabalável, foi amor e alegria para a família.

Nascida no interior do Pará, foi lavradora e mãe de dez filhos, para os quais adorava cozinhar. Seus bolos de milho e tapioca eram divinos e seu frango assado inesquecível, de tão delicioso. E, como toda boa paraense, não deixava faltar a maniçoba, o prato típico da culinária da região.

De fé inabalável, era ministra da eucaristia na igreja da Imaculada Conceição, em Abaetetuba. Muito querida por sua dedicação na Pastoral da Saúde, fazia campanhas na comunidade para arrecadar alimentos para as pessoas vulneráveis e tinha um carinho especial pelos idosos enfermos.

Sempre viu a vida com muita alegria e ajudava todos da família e os amigos com palavras de fé e de esperança diante de qualquer problema. "Madalena faz muita falta!", afirma Rosa Sueli. "Eu sou irmã de uma grande guardiã da família", como ela mesma se intitula.

Rosa Sueli lamenta que o maior sonho de Madalena não tenha sido realizado. "Ela queria ver cada um dos filhos com sua casa própria e a sua casinha humilde reformada.", comenta a irmã.

Agora Maria Madalena voltou para a casa do Pai, certamente tendo cumprido aqui sua missão, seja nas visitas aos enfermos - ao levar até eles a Santa Comunhão -, ou em cada uma das demonstrações de amor e carinho com seus semelhantes durante toda a vida.

Maria nasceu em Abaetetuba (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 66 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela irmã e pela amiga de Maria, Rosa Sueli e Ecleida Paes Carvalho. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Sandra Maia e moderado por Rayane Urani em 12 de novembro de 2020.