1948 - 2020
Todos os dias acordava o filho com um bom café e demonstrações de amor.
Maria Madalena, ou Lena, como era conhecida carinhosamente por todos. Foi casada com Antônio e construíram uma família com três filhos: Daniela, Rodrigo e Fernando. Tinha duas netas: Maria Eduarda, filha da mais velha, Daniela, e Gaby, filha do filho do meio, Rodrigo.
Em 2012, Lena perdeu seu companheiro de vida e sua partida foi sentida por demais pela amada.
Maria Madalena tem uma irmã gêmea chamada Marta, e tinha um carinho imenso pela sua gêmea e quando ficava “chateada” falava que iria morar e cuidar dela.
Mãe, avó, tia, irmã, Lena era assim: amorosa, carinhosa, generosa, tinha um coração imenso, doava-se sem esperar nada em troca e sua vida foi dedicada aos filhos e as netas.
Lena partiu no dia 26 de julho de 2020 e um dia depois, completaria 72 anos de vida e de muita experiência.
O filho Fernando recorda com carinho: “Nos nossos momentos de brincadeiras, costumávamos corrigi-lá com alguma palavra ou algo assim e mãe falava: “Não me corrige, eu fui ensinada assim”. Isso era motivo de risadas e diversão. Outra frase marcante que o filho rememora e era a marcada registrada da mãe: “Fica me "reprendendo". "Não estou falando mal, estou comentando". Momentos como esses causavam a distração de todos que a cercava.
Onde tinha um bingo, lá estava Lena com suas amigas para seu momento de lazer. Outro hobby era fazer de tudo para tentar não deixar faltar nada em casa. Também gostava de se cuidar - sempre que possível aos finais de semana costumava arrumar as unhas com a vizinha Tânia. Maria Madalena tinha os cabelos curtinhos e branquinhos. Sem sombra de dúvida, o bingo, a responsabilidade com a casa e com os seus entes queridos, e o cuidado com si mostravam o quanto ela amava essas três coisas.
Saudoso, Fernando lembra: “Todos os dias, pela manhã, a mãe levava o café no quarto, me abraçava e beijava. Graças a Deus, em muitas oportunidades tive a chance de dizer a ela o quanto eu a amava”. Acrescenta: “às vezes, minha mãe ficava deitada na cama dela, comigo e minha sobrinha, Maria Eduarda, ficávamos assistindo televisão os três, nesses momentos nos abraçávamos, beijávamos, pegávamos na mão. E algumas vezes conversávamos, outras ela contava as histórias da sua infância. Minha mãe era uma doçura, uma pessoa de coração enorme.”
O filho, saudosamente, fala: “Minha mãe era guerreira, batalhadora”. E recorda: “Quando eu era criança, ela adorava excursão. Aparecida do Norte sempre foi o lugar favorito dela. Todos os anos íamos, última vez que fomos foi em novembro de 2019.” Lena tinha grande devoção por Nossa Senhora Aparecida.
Fernando faz uma última homenagem a mãe: “O amor que tínhamos por ela será eterno. Sinto tanta falta dela e me emociono toda vez que falo da mãe”.
Lena deixa um legado de generosidade, de alegrias e de muito amor.
Maria nasceu em Campo Limpo Paulista (SP) e faleceu em Jundiaí (SP), aos 71 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho de Maria, Fernando Casamassa. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Thalita Ferreira Campos, revisado por Luana Bernardes Maciel e moderado por Rayane Urani em 22 de maio de 2021.