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Maria Perpetua Araújo

1938 - 2020

Era através de sua fé especial que Vó Peta se sentia abençoada por Deus.

Petinha ou Vó Peta, como era chamada, possuía uma fé mais que especial. Era impressionante e inabalável a firmeza de sua crença. Ia à missa todos os domingos e pedia aos filhos que juntassem latinhas para doar aos projetos da igreja. Em casa, quando não estava na rede, estava sentadinha em sua cadeira, assistindo às missas pela TV.

Mas não era apenas com a religião, Vó Peta tinha uma relação de devoção também com a família. Ao todo foram 10 filhos, 25 netos e 15 bisnetos, além dos genros e noras para quem se doava da mesma forma. Nas datas comemorativas, especialmente no natal e ano novo, amava ver toda a família reunida. Quando faltava um minuto para a meia-noite, sempre fazia questão de uma roda para a oração.

Quem fosse até sua casa tinha uma sorte muito grande, pois ela fazia uma tapioca e um café com leite que ninguém no mundo fazia melhor .

"Vó Peta, você foi tudo para nós! Você era a BASE da família e por isso sentimos tanto a sua falta. Estou certo que seu legado de fé, união, solidariedade e união vai continuar, pois é isso que temos que tirar de lição. Saiba que todos sentimos muitas saudades. Eu te amo, Vó Peta!", diz o neto Rafael.

Maria nasceu em Solonópole (CE) e faleceu em São Paulo (SP), aos 82 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo neto de Maria, Rafael Costa Araújo. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 16 de novembro de 2020.