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Maria Vilma dos Santos

1970 - 2021

Perdia-se nas horas, lendo livros antigos, assistindo filmes dramáticos ou fazendo peças de crochê.

Uma pessoa maravilhosa, que adorava ajudar a todos.

Com o seu coração generoso, conseguia ver sempre o lado bom das coisas, independente do que as pessoas lhe fizessem.

Vaidosa, adorava se arrumar e usar os perfumes com aroma amadeirado, que eram os seus preferidos.

Gostava de passar as tardes conversando e tomando café com as pessoas de quem gostava.

Habilidosa, seu hobbie favorito era fazer crochê e pintura em panos de prato e telas. Adorava cozinhar e deixou todos com saudades de sua comida.

Entretinha-se, ainda, com leituras, e seu livro preferido era “Natan e o pistoleiro de mutum” um livro antigo, difícil de encontrar. As séries e filmes que tinham um pouco de drama, aventura e romance também prendiam sua atenção.

Giovana, sua filha, conta com carinho e gratidão:

“Ensinou a todos à sua volta o que era a vida intensa. Amou e ensinou aos filhos o significado do amor, cuidado e proteção. Ensinou para seu marido que ele sempre foi a melhor pessoa para ela até o último instante, não poderia ter escolhido pai e marido melhor.

Na vida a coisa mais importante para ela era poder ver os filhos crescerem e evoluírem como pessoas”.

E conclui: “Estamos seguindo em frente, mãe, do jeitinho que você ensinou para gente, sei que está com orgulho, eu sinto isso; estamos com saudades. Fica em paz!”

Maria nasceu em Açucena (MG) e faleceu em São Bernardo do Campo (SP), aos 51 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Maria, Giovana Santos Matias. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Ana Macarini em 7 de outubro de 2023.