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Mário Konageski

1952 - 2020

Sua essência ficará para sempre registrada na memória de quem teve a oportunidade de conhecê-lo.

Mário era um homem conservador, organizado, engraçado e dono de um coração enorme. De fala truncada, não era raro que os próprios filhos tivessem dúvidas quanto ao que ele queria dizer, mas eles não titubeavam, pois, quando olhavam para o pai, viam-no como um exemplo singular a ser seguido.

Gostava de contar piadas, falar sobre política e relembrar acontecimentos da época em que os filhos eram pequenos. Fazia questão de valorizar profundamente tudo que aprendeu com seu pai. Era grato.

"Quando eu tinha 4 anos, machuquei os joelhos andando de bicicleta. Ele ficou todo preocupado por pensar que eu havia quebrado alguma coisa", conta o filho Frank Willians, que pontua ainda que o pai costumava sempre dizer "temos que fazer a coisa certa".

Foi um homem zeloso em seu trabalho e, embora tivesse apenas o ensino primário, tinha imenso conhecimento técnico na área de mecânica.

"Amava os filhos como poucos pais, chorando por muitas vezes quando se lembrava de algo ao estar em minha casa", diz o filho.

Frank despede-se do pai: "Sua ausência jamais será superada, apenas amenizada; pois quando se é uma pessoa benquista e admirada e por conta de uma das fases de nossa existência se vai, cria-se uma lacuna que nunca será preenchida. Ficam as lembranças de um homem justo, alegre e sempre de bem com a vida. Seu rosto e sua conduta serão lembrados por quem o ama. Quem fica na existência mundana não esquecerá o que ele significou em suas vidas, sobretudo seu filho Frank. Esteja em paz, meu pai!"

Mário nasceu em Florínea (SP) e faleceu em Porto Velho (RO), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo filho de Mário, Frank Willians Konageski. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 20 de novembro de 2020.