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Marlene Josephina Silano Pinto

1931 - 2020

Viveu para amar, cuidar, cozinhar e fazer rir com seu jeito único de falar.

Foi casada com Alfredo, seu "muito amado" marido.

Na vida, cuidou dele, dos irmãos, filhos, netos, bisnetos, e de quem mais precisasse — mesmo de desconhecidos ou de quem não gostasse dela, o que era bem difícil.

Além do cuidado e da ajuda, sua outra paixão era a cozinha. Todos na família gostavam de comer e experimentar suas receitas, tanto as antigas quanto as novas, pois ela se atualizava sempre.

Os olhos de Marlene brilhavam mesmo era quando estava com seus bisnetos, em especial com Alfredo, que tem o mesmo nome do bisavô, sua grande paixão.

Seu jeito de falar era único, motivo de várias risadas e piadas. Era diversão na certa, até mesmo ela própria. Partiu sem "torização" da família e, por isso, brinca o filho Paulo, "quando eu pegar ela, vou dar-lhe um safanão tão grande, que a outra orelha vai cair de medo".

Ele garante é que a mãe vai morar, agora, nos corações daqueles que tanto amou. Marlene deixa um buraco sem tampa e uma legião de admiradores. A começar por ele, seu companheiro por quarenta anos nessa vida.

Marlene nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 88 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo filho de Marlene. Este tributo foi apurado por Caio Ferreguti, editado por Mateus Teixeira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 3 de agosto de 2020.