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Miriam Marques de Albuquerque

1952 - 2020

Uma pessoa de tirar o chapéu; uma mulher que prezava muito a liberdade e a independência.

Os filhos a chamavam de Mainha, os netos de Vovó Mira e os sobrinhos de Tia Mira. Era o porto seguro da família. Um ser humano que era sinônimo de alegria, justiça e fidelidade. Foi casada durante 24 anos, depois se divorciou e não se casou mais. Foi supermãe de quatro filhos e avó de cinco lindos netinhos, que eram a sua fonte de alegria e energia.

Pessoa forte, de muita fé em Deus e ação, tinha o dom de ajudar o próximo.

Formada em Pedagogia, tinha muito amor pela profissão. Amava tanto o que fazia que, mesmo depois de aposentada, continuou dando aulas de reforço escolar para crianças e adultos da comunidade em que morava.

“Mainha nunca vai ser, ela é. Ela é pedagoga aposentada, mas nunca parou de ensinar. Ela é mãe de quatro filhos, avó apaixonada pelos cinco netos e sobrinhos-netos. Mainha tem o dom de agregar. Não precisa de datas comemorativas para um belo almoço de domingo em família. Sempre diz que o choro só dura uma noite, que de manhã é preciso reagir e agir. Ama a Cristo e coloca em prática esse amor ajudando o próximo. Vaidosa, ela é elegante mesmo com um jeans e uma camiseta básica”, escreve sua filha, Manuela.

Amava viajar. Sua próxima viagem seria para Portugal, mas mudou o destino e fez a sua viagem mais incrível, aterrissando no céu.

Miriam nasceu em Jaboatão dos Guararapes (PE) e faleceu em Recife (PE), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Miriam, Manuela Albuquerque dos Santos Felix. Este tributo foi apurado por Lila Gmeiner, editado por Bianca Ramos, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 25 de outubro de 2020.