1977 - 2021
Sempre que perguntavam como ele estava respondia: "Xic de doer", assim, com xis. Era sua marca registrada.
Mirtemar, ou só Mirto para os mais íntimos, sempre tinha um conselho sábio para dar. Foi um filho valoroso e, após a morte do pai, cuidou de todos ao seu redor.
Muito centrado, amava a profissão de motorista. Era sempre muito responsável, atencioso e prestativo. Com ele não tinha tempo ruim.
Mirto gostava muito de ir à igreja. Planejava se casar mesmo depois dos vinte e oito vividos junto com a mulher que tanto amava, pois tinha o objetivo de se batizar e ter uma vida completa com Deus. Era um marido maravilhoso, pai exemplar e avô amoroso.
Uma de suas paixões era praia de água doce. Outra era milho verde refogado; quando o carro do milho passava na rua, já ia ele comprar. Outra paixão eram as novelas, noveleiro até dizer chega.
Honrado e honesto, sempre foi um funcionário dedicado, e por onde passava cativava a todos com seu jeito alegre de ser.
Mirto era uma daquelas pessoas com quem os amigos podiam contar de verdade e a qualquer hora. Até colocava as prioridades dos outros a frente das suas.
Nada para Mirtemar era atraso. Se ocorresse algo que atrapalhasse um plano, considerava que era Deus que o estava livrando ele de alguma coisa, e não reclamava.
Era a alegria da casa. Dava vida a ela. Foi também o mais apaixonado dos maridos, passava o tempo todo dizendo "eu te amo" à mulher. Suas últimas palavras foram: "fala pra ela que eu a amo demais".
Mirto fazia a vida ficar mais colorida. Fez uma festa linda no dia a dia de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.
Mirtemar nasceu em Goiânia (GO) e faleceu em Goiânia (GO), aos 44 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela esposa de Mirtemar, Margareth Gonçalves Rezende. Este tributo foi apurado por Larissa Reis, editado por Karina Zeferino, revisado por Fernanda Ravagnani e moderado por Rayane Urani em 31 de agosto de 2021.