1949 - 2020
Lia gibis da Turma da Mônica e recontava as estórias aos netos, para incentivá-los a explorar a própria imaginação.
Moacir, mais conhecido pelo sobrenome Pinella, começou a trabalhar aos 13 anos como auxiliar de serviços gerais na Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo. Acordava às 4h da manhã e exercia sua atividade com dedicação e comprometimento. Dessa forma, foi sendo promovido até alcançar o cargo de almoxarife, função que exerceu até a aposentadoria. Foi exemplo de caráter e de honestidade e era muito querido pelos colegas de trabalho.
Do casamento de quase cinquenta anos com Sílvia vieram os filhos Fábio, Flávio e Fernando (in memoriam). Viveu a alegria de ser avô com a chegada dos netos Fabrício, Enzo e Lorena. Eram eles as suas maiores paixões. Quando os pais saíam para trabalhar, deixavam o pequeno Enzo dormindo aninhado entre os avós.
Também faziam parte da família Chiquinho, Willy e Banditi, os companheiros de quatro patas que eram profundamente amados por Pinella. Banditi era ao dono tão apegado que, ao ouvir o chamado para dormir, já se levantava e rumava para o quarto do descanso compartilhado.
Gostava de ficar em casa ouvindo as modas sertanejas antigas como “Chico Mineiro”, “Cuitelinho” e “Casinha Pequenina”.
De personalidade reservada, encontrava alguma dificuldade em demonstrar sentimentos de amor e de afeto. No entanto, o filho Fábio recorda com carinho da vez em que expressou o seu amor por ele e percebeu os olhos do pai serem tomados pelas lágrimas.
Moacir nasceu em São Bernardo do Campo (SP) e faleceu em São Bernardo do Campo (SP), aos 70 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho de Moacir, Fábio Pinella. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Marina Machado Pereira Lins, revisado por Walker Barros Dantas Paniagua e moderado por Rayane Urani em 16 de agosto de 2021.