1962 - 2020
O melhor parceiro de dança, com um coração do tamanho do carnaval.
Moacyr da Silva foi a alegria em forma humana. Sempre de bem com a vida, alto astral, adorava dançar e curtir o carnaval, principalmente com a Escola de Samba Piratas Estilizados, do Macapá.
Aliás, curtiu seu último carnaval como se soubesse que seria o último. Ou com a sabedoria daqueles que enxergam o quão precioso é cada instante de vida.
Aos finais de semana, tomava a sua cervejinha e dançava com a esposa, sua parceira de toda uma vida, Francisca Maria Pires Picanço da Silva. Era considerado o melhor parceiro de dança e divertia a todos nas festas de família.
Quem via aquele homem alto, com quase dois metros de altura, podia até ter uma impressão de que Moacyr era um cara durão. Mas era exatamente o contrário. “Ser humano carinhoso, alegre, com coração de ouro, apaixonado por crianças, sempre disposto a ajudar, sensível, que fazia ações para as crianças da rua de casa”, relembra Moana Morjana, a filha mais velha de Moacyr e Francisca, que tinha no pai o seu melhor amigo.
“Pai presente em todas as ocasiões, chorava nas festas da escola, sempre tratou todos com muito carinho, um amigo para todas as horas, marido companheiro, onde ele estava era só alegria”, conta Moana. Além dela, o casal teve mais três filhos: Goubek e os gêmeos, Pedro Henrique e Luiz Henrique, para quem o pai era a alegria da casa e o esteio da família.
E é assim, repleto de qualidades, transbordando amor e alegria, que Moacyr continuará a ser lembrado por sua esposa, filhos e amigos. Um eterno folião, de coração gigante, que fez questão de viver a vida como o mais belo Carnaval.
Moacyr nasceu em Macapá (AP) e faleceu em Macapá (AP), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Moacyr, Moana Morjana Picanço da Silva. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Fernanda Queiroz Rivelli, revisado por Renata Chebel e moderado por Rayane Urani em 29 de maio de 2020.