1948 - 2020
Ao ver o pôr do sol, chamava a família para assistir ao espetáculo, juntos.
Moema era uma mulher forte, cursou biologia e amava pesquisar para melhorar o mundo. Como pesquisadora, trabalhou no Brasil e no exterior. Quando estava no MIT, em Boston, desenvolveu o lúpus — responsável por outras muitas alterações patológicas que lhe acompanharam pela vida.
Moema adorava cozinhar. Quando teve que deixar suas pesquisas por conta da doença, reinventou-se e fez da cozinha seu laboratório particular. Criava receitas que faziam a delícia dos frequentadores de um restaurante de comida saudável pertencente à sua família.
Apesar das problemas com a saúde, encarava tudo muito feliz e não reclamava das dificuldades que enfrentava. Várias vezes os médicos falavam que estava perto o fim, contudo, ela sempre resistia brava e alegremente e, ao acordar, no dia seguinte, estava mais forte do que nunca.
Ela amava ver pôr do Sol, sempre chamava a família para que todos assistissem juntos.
Agora, é assim que a família se comunica com ela. Lembrando dos momentos em família, de seus sorrisos e da mulher guerreira.
Moema nasceu Suzano (SP) e faleceu Sorocaba (SP), aos 71 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Lucas Moreira, a partir do testemunho enviado por neta Gabriela Peluzo Soares, em 21 de maio de 2020.