1961 - 2021
Expressava seu amor à família com mensagens cheias de afeto, ao amanhecer e antes de dormir.
Sempre foi uma mulher forte, que não se abatia com as lutas que enfrentava diariamente, tinha alegria em se reunir com a família, em comemorar a vida, em brindar pequenas e grandes conquistas; amava seu esposo, sua filha, suas irmãs e irmãos, sobrinhas e sobrinhos. Todos os dia mandava aquela mensagem de bom dia e de boa noite, não falhava. "Estamos sentindo tanta falta da sua presença", relata a sobrinha Maria Isabella.
Se soubesse que alguém estava em dificuldade, lá estava ela para oferecer as mãos, palavras de encorajamento e sua presença.
"Jamais esqueceremos o som de sua voz e de sua risada" afirma Maria Isabella, contando que Naim era muito alegre e positiva. Porém, se fosse necessário, sabia ficar brava que só vendo. Ninguém mexia com os seus, não. Tirar Naim do sério era um perigo.
Durante vinte e quatro anos dedicou-se a seu esposo como amor e zelo e por dezenove anos dedicou-se inteiramente a sua filha Leandra que é portadora de Síndrome de Down; nunca mediu esforços para fazer o melhor pela menina, tratava sua filha como uma princesa.
Naim foi puro amor. Sua partida deixa um vazio enorme nos corações de todos aqueles que tiveram a oportunidade de receber seu afeto. Ensinou que a fé transpõe todas as dificuldades. "Baseados na sua lição de resiliência, vamos manter a confiança, ajudar a cuidar da sua amada filhinha e crer que um dia nos encontraremos na eternidade. Pra quem tem fé, a morte não é o fim", conclui Maria Isabella.
Naim nasceu em Paraúna (GO) e faleceu em Goiânia (GO), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela sobrinha de Naim, Maria Isabella Cardoso Godoi. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Rogerio Amorim, revisado por Lícia Zanol e moderado por Rayane Urani em 28 de maio de 2021.