Neli da Costa Oliveira

1952 - 2020

Voltava empolgada de suas viagens, cheia de novidades para contar.

"Mãe Neli", "tia", "avó" ou "minha velhinha", apelidos carinhosos para chamar aquela pessoa que era querida por todos, de muitos amigos e de sorriso contagiante: Dona Neli da Costa Oliveira.

De personalidade forte, e constantemente esbanjando alegria, foi casada por muitos anos e era sempre muito festiva na família. Gostava de dançar, - dançava muito bem - ,viajar, estar com amigos e a presença dos que ela mais amava a todo momento por perto. Não gostava muito de ficar longe dos filhos.

Teve três filhos muito arteiros, conta o filho mais novo, e corria atrás deles durante a infância toda. Como morava em uma cidade não muito grande, do interior do Rio de Janeiro, em Cabo Frio, conhecia muitas pessoas e viu muita gente crescer; por todos era amada.

Como profissional, fez parte do início de muitas vidas, trabalhava como auxiliar de enfermagem e fazia com maestria a sua função, onde executava testes do pezinho nos recém-chegados ao mundo. Era muito querida por todos no hospital, onde trabalhou por mais de vinte anos.

A grande qualidade de Neli era gostar de ajudar quem precisasse, não media esforços para ver as pessoas bem e sorrindo. Não foi à toa que escolheu trabalhar como enfermeira, pois poderia realizar sua missão diariamente. Tinha até uma mania de querer resolver tudo, mesmo quando não era possível, estando regularmente disposta a ajudar. Realmente queria abraçar o mundo.

Seu filho Alessandro, a chamava de "minha velhinha" com imenso carinho, conta que tem lembranças agradáveis dos passeios de quando era pequeno, e que quando casou, sua mãe ficou muito feliz em ter vários netos. Ela os amava e geralmente quando dava, ia tirar uma "lasquinha".

Relembra com orgulho, que durante a pandemia do coronavírus ficaram ainda mais próximos e esse momento foi intenso na relação deles: "Mesmo com todas as dificuldades e limitações que encontrávamos, tive a oportunidade de vê-la uma última vez antes de sua internação. Pude fazer carinho, me tocou bastante, pois parecia mesmo uma despedida, disse que a amava muito e estaria de braços abertos esperando o seu retorno".