1960 - 2021
Sentava-se no chão para brincar de carrinho e conhecia todos os personagens preferidos do neto.
Nelsinho, como era chamado, foi um filho, irmão, pai e avô muito amado por todos de sua família. Ainda que separado da esposa, Marli, era um pai muito amoroso e presente na vida de seus dois filhos, Leonardo e Natalie, que o chamavam de "Lungo".
Era simpático, bem-humorado e gostava de conversar. Por onde passava, fazia amigos com facilidade e vivia fazendo piada. Ao começar a contar uma história, encontrava uma maneira da narrativa terminar de um jeito engraçado, como se a história já contivesse em si uma piada pronta. Foi um professor muito amado por seus alunos e colegas de trabalho.
Era completamente apaixonado por seu único neto, Theo, filho de Elisa. A felicidade plena era visível quando ambos estavam juntos. O avô dava muitos presentes, brincava e sempre cozinhava o macarrão sem molho e a coxinha de frango que Theo tanto gostava. Encontrava sempre disponibilidade para ficar com o neto e passou muitos dias felizes a seu lado. Por sua vez, Theo amava estar com seu avô e dizia que ele era o seu melhor amigo.
A mãe, Dona Yolanda, o irmão Anderson — apelidado Magrão — e as duas irmãs, Lega e Egle, moram em Bauru. Apesar da distância, estavam sempre em contato e viam-se com frequência. Era uma grande festa quando estavam reunidos. Churrasco e lasanha eram os pratos preferidos de Nelson.
Carinhoso, ele tinha o hábito de mandar flores nos aniversários das mulheres de sua família. "Eu também era contemplada com flores no meu aniversário", declara Elisa, a nora de Nelsinho.
Nelson nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela nora de Nelson, Elisa Gerenutti. Este tributo foi apurado por Larissa Reis, editado por Ricardo Henrique Ferreira, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 13 de setembro de 2021.