1933 - 2020
Vascaíno doente, adorava exibir seus polichinelos e pulos mirabolantes.
Nem a vida sofrida e de muito trabalho, o fez desistir. Muito pelo contrário. Trabalhava até quando não era preciso, ele não conseguia ficar parado. Consertava qualquer coisa, era muito caprichoso e cuidadoso com tudo que fazia...e gostava das coisas do seu jeito!
Homem íntegro, de personalidade ímpar, conhecia todo mundo, também amava conversar...sobre qualquer coisa. Conhecia mais o Rio de Janeiro do que os próprios mapas da cidade e sempre ensinava o caminho para quem o consultava.
Sustentou e criou sua família, que sempre lhe foi motivo de muito orgulho. Mas era teimoso e muito vaidoso. Adorava se arrumar para sair e fazia questão de mencionar quem havia lhe dado cada peça de roupa ou o perfume que usava. Sempre forte e muito ativo, adorava exibir com seus polichinelos e pulos mirabolantes. Vascaíno doente, acompanhava os jogos até quando o time ia mal.
"Era o melhor acompanhante das idas ao médico e o melhor segurança de portão nas madrugadas", conta a neta Sthefane.
Nelson nasceu Rio de Janeiro (RJ) e faleceu Rio de Janeiro (RJ), aos 87 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Alessandra Capella Dias, a partir do testemunho enviado por neta Sthefane Azevedo dos Santos Silva, em 21 de maio de 2020.