Neusa Salomé

1967 - 2020

Sempre muito engraçada, se transformou na Doutora Abelhinha para alegrar pacientes nos hospitais.

Neusinha era a tia caçula da família que nunca deixou de se comportar como tal e, engraçadíssima, tinha crises de riso nos momentos mais impróprios.

Sabendo usar esse lado engraçado, participou de um grupo de palhaço hospitalar por mais de dois anos. Começou achando que não tinha jeito, mas aos poucos foi se familiarizando com a atividade. Era a Doutora Abelhinha e levou alegria para muitos pacientes. Amava comprar enfeites para sua personagem e, assídua, não faltava por nenhum motivo. Permaneceu no grupo mesmo quando as pessoas que conhecia deixaram de participar.

Estava presente em todas as festas de família. Além de dançar de forma bastante engraçada, era sempre a primeira a chegar e tinha que ser vigiada para não atacar as guloseimas antes dos demais presentes ou mesmo antes de serem servidas.

Era muito próxima do pai e tinha por costume dormir com frequência em sua casa.

Gostava de ir a shows e seu local preferido era a frente do palco. Amava presentear a todos com objetos e mimos fofos. Quando seus familiares se deparavam com um objeto delicado em alguma loja, logo era lembrada.

Foi casada durante vinte anos e não teve filhos, mas viveu como se os tivesse tido, tamanho era o amor que dirigia a seus vários cães e gatos, cuidados como se fossem alguém da família. Não gostava de deixá-los sozinhos e inúmeras vezes voltou para casa antes do planejado pela preocupação com eles.

Muito responsável no trabalho, era recepcionista de uma clínica de medicina ocupacional, onde era braço direito do chefe. Com certeza a Doutora Abelhinha continua a voar por aí com seu jeito engraçado de ser, levando alegria a quem encontrá-la.