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Nilza Antônia Guimarães Murari

1966 - 2021

Era uma mulher de alma libertária, feminina, e feliz ; viveu dedicada à família e fazia muitos planos para o futuro.

Nilzinha era a única irmã de Mônica e as duas se amavam plenamente. Eram visceralmente próximas em tudo, inclusive na idade, cúmplices e protetoras dos pais. Tinham o prazer da companhia uma da outra, passavam tempo juntas, viajavam e partilhavam as experiências da vida.

“Era a única tia por parte de mãe do Guilherme e da Beatriz. Ela os amava de todo coração e era muito carinhosa! Estava sempre acompanhando e admirando o desenvolvimento dos sobrinhos. Quando a Beatriz cresceu, começaram a viajar juntas e a compartilhar momentos uma com a outra”, conta o cunhado Giovani, pai dos jovens.

Religiosa, participava das atividades da Igreja Católica cantando os salmos durante as celebrações.

Ela era jornalista e, em sua homenagem, desde novembro de 2022, a sala de imprensa do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho – Sinait, em Brasília, passou a se chamar Nilza Murari. Em sua trajetória realizou trabalhos significativos, como acompanhar de perto a história do assassinato dos auditores do trabalho na Chacina de Unaí.

Bem sucedida, por toda a vida se preparou para ter um futuro feliz e próspero, com planos para conhecer inúmeros lugares e usufruir das melhores coisas que o mundo pode oferecer. Muito respeitada, seu falecimento causou comoção na comunidade de jornalistas em Belo Horizonte, além de ter sido matéria dos jornais O Tempo e Estado de Minas.

Apreciava tanto cantar como ouvir música. Era fã do Clube da Esquina e amava a canção "Flor de Ir Embora", na voz de Fátima Guedes. Sentia-se feliz, fosse correndo o mundo ou no aconchego de sua casa e, assim, viajava com frequência ao mesmo tempo em que investia no seu bem-estar e no conforto do lar.

Acerca de suas viagens, o cunhado Giovani fala das inúmeras que fizeram e destaca: “(...) mas a última viagem que fizemos juntos para a Alemanha e Holanda foi marcante! Dava para perceber a alegria que ela sentia em estar conosco e de viver esse momento com nossa família".

Ao finalizar sua homenagem, Giovani fala das memórias e aprendizados deixados por Nilza: “Uma cunhada querida, que se relacionou comigo por mais de 34 anos, deixando lembrança viva do bem viver e da alegria infinita em bem relacionar com a família e os amigos. Ela era especialmente otimista e amava a vida e os sobrinhos, meus filhos."

Intensa, não tinha medo de ser feliz. Ensinou que buscar a felicidade e ter amigos para compartilhar momentos, é o que a vida tem de melhor! Ela tinha alegria de viver e uma total decência em tocar a vida e as relações com as pessoas. Amava sem pedir nada em troca e sempre tinha disposição em ajudar. "Se soubermos fazer um pouco disto teremos aprendido algo com ela.", acrescenta Giovani.

Partiu em um momento muito especial, quando estava no auge da vida, amando a família e os amigos, cheia de alegria e acreditando que o futuro seria bem melhor, apenas 29 dias após o falecimento do Pai - Jairo Manoel Murari - também vítima da Covid”.

Para conhecer a história do pai de Nilza, acesse Jairo Manoel Munari.

Nilza nasceu em Rio Piracicaba (MG) e faleceu em Belo Horizonte (MG), aos 55 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo cunhado de Nilza, Giovani Ângelo de Souza . Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Bettina Florenzano e Marília Olson e moderado por Ana Macarini em 28 de fevereiro de 2023.