1962 - 2020
Dona de um sorriso meigo, sempre andava com uma bolsa de lado, não importava aonde iria.
Neydinha, apelido carinhoso, valorizava os momentos em família. Só se sentia completamente feliz e realizada quando sua casa estava cheia de parentes e amigos. Seu carisma e humildade cativava a todos. Atenciosa e generosa com quem estava perto, transmitia um carinho especial pelas crianças.
Em seu tempo livre, passeava com seus netos, Yago e Murilo, para comprar brinquedos ou tomar sorvete. E na última semana de cada mês, não perdia os encontros com as “amigas do vinho”.
Sua principal e curiosa mania era sempre andar com uma bolsa de lado, não importa aonde iria.
“Todas as vezes que saíamos de carro para algum lugar, ela sempre ia na frente ao lado do motorista, geralmente seu marido Antonio, ou sua filha Isabela. Ela era uma verdadeira 'GPS Humana', sempre reclamava da rota, da velocidade, que estava devagar demais, ou que o carro ao lado iria ultrapassar o nosso. E ai de quem ousasse dizer que ela estava errada”, relata com risos e muito bom humor sua filha Antonia.
Se dedicava plenamente à igreja e à caridade. Levava a missão evangelizadora aonde precisasse, seja em casas ou comunidades. Sempre dizia: "Deus é meu tudo em todos", frase que atribuía à Madre Teresa de Calcutá.
"Cuida bem dos meus filhos", disse com carinho em um dos últimos momentos, referindo-se aos seus dois netos.
Nora nasceu em Autazes (AM) e faleceu em Manaus (AM), aos 58 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Nora, Antonia Nascimento da Costa. Este texto foi apurado e escrito por Marcela Matos, revisado por Gabriela Carneiro e moderado por Rayane Urani em 4 de junho de 2020.