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Odir Caldas Campos

1932 - 2020

Apaixonado pela natureza e pela vida, era espirituoso, alegre e extremamente cuidadoso com todos.

Odir foi um marido companheiro, um pai cuidadoso e um avô amoroso. Um de seus maiores prazeres era levar a família para passear, especialmente em pontos históricos da cidade do Rio de Janeiro.

Também gostava de presentear os familiares com bancos e caixas artesanais de madeira que ele mesmo habilidosamente fazia, apesar de nunca ter se especializado tecnicamente para tanto. Talvez seu talento tenha se desenvolvido porque amava contemplar a natureza e aprender sobre ela.

Avô atencioso, deixava sua neta mais velha, Lívia, quando criança, fazer sua barba com muita tranquilidade, alegria e leveza: era muita espuma de barbear pelo rosto, pelo pescoço e pelo tapete da sala. Na ocasião da festa de seu aniversário de 3 anos, era com o avô que Lívia queria estar, brincar e ouvir histórias.

Pessoa de poucas palavras, mas de humor aguçado e sublime. Além da grande perseverança, outras características marcantes eram sua exímia organização, disposição e generosidade. Foi um ser humano ímpar, compreensivo e sensível às mazelas sociais, com um coração enorme.

Homem metido a carpinteiro, desbravador das matas e andarilho incansável: esse era Odir, que deixou um legado imenso de determinação, afeto e coragem que será lembrado para sempre com carinho, amor e muita saudade.

Odir nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 88 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela neta de Odir, Lívia Campos e Silva. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Débora Spanamberg Wink e moderado por Rayane Urani em 4 de julho de 2021.