Olga Braga Barra

1933 - 2020

Matriarca da família Barra. Tinha o dom de encantar bebês e ensinou sua neta a acreditar no amor.

Dona Olga foi uma mulher forte e resiliente. Orgulhava-se em dizer que trabalhava em uma repartição pública. Quando jovem, era dona de uma beleza única que só amadureceu ao longo dos dias, como um bom vinho desenvolvendo suas melhores notas por intermédio do tempo.

Dona Olga conheceu o Sr. Ernani. Foi como um encontro de almas. Juntos construíram uma família; várias mulheres e um único neto homem.
Ela mimava todos, costumava elogiar chamando-os de “lindos”, notando cada detalhe e cuidando deles. Ah, de cuidado Olga entendia. Seu abraço era conforto e trazia paz.

“Minha avó costurou enxovais para todos os bebês da família e de fora dela. Cuidou de todos os meus banhos de sol, porque simplesmente nasceu com o dom de encantar bebês”, lembra a neta Júlia Barra.

Juntos, Olga e Ernani viveram um amor genuíno que dava esperanças e contrastava com a liquidez dos afetos modernos. Amor que, nem mesmo a morte de Ernani ou o Alzheimer, ladrão de memórias, conseguiu apagar a essência. Como naquela música da Whitney Houston: "I Will Always Love You", um amor, uma doçura, um cuidado que perpassou o tempo e atravessou uma vida.

“Deixei-a no hospital vestindo umas calças rasgadas que ela implicou muito. 'Vai ficar tudo bem, vó!', eu disse e, realmente ficou tudo bem. Você descansou, foi encontrar a Re e o vô Ernani no céu. Eu louvo e bendigo a Deus pela sua vida, pelo seu sim, por ter formado essa família de guerreiros e que se ama. Obrigada por me fazer acreditar no amor! Te amo para sempre!”, conclui a neta declarando seu amor.

Dona Olga deixou impressões, memórias da sua doçura que o tempo jamais apagará. Dona Olga se tonou a inspiração de alguém!