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Osmir Serroni

1963 - 2021

Era um ótimo cozinheiro, amava fazer caldo de mocotó, coxinha e bolinho.

Depois que se aposentou como Torneiro Mecânico, Osmir começou a cultivar tesouros. Um deles, o Coliseu, era o seu criatório de passarinhos, com autorização do Ibama. Outros eram as tatuagens em homenagem ao Timão. Corintiano roxo, ele tinha uma tatuagem de gavião e fez várias outras, já um pouco mais velho. Também prezava a pesca, seu hobby predileto.

De todos gostos e prazeres, no entanto, o que mais prezava na vida eram as netinhas, Lorena e Laura. Lorena era a ajudante oficial do avô, gostava de lavar as gaiolas dos passarinhos. Osmir amava pegar as meninas e levá-las a passear no parque. Muito ativo e disposto, fazia também caminhadas diárias com a esposa, com quem foi casado por trinta e quatro anos.

"Ele fazia todas as vontades das netas e também dos filhos, meu irmão e eu. Sempre fazia coisas para agradar a gente. Fazíamos juntos dadinho de tapioca; para acompanhar, ele fazia uma geleia de pimenta com maracujá", conta Cíntia, filha de Osmir e mãe das meninas. "Meu pai era um homem incrível: pai maravilhoso, marido amoroso, filho dedicado e avô babão", finaliza.

Osmir nasceu em São Caetano do Sul (SP) e faleceu em Santo André (SP), aos 58 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Osmir, Cintia Regina Serroni Almeida. Este tributo foi apurado por Luciane Crippa, editado por Luciane Crippa, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 14 de fevereiro de 2022.