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Paola Barboza

1989 - 2020

Gente de alma pura, Paolinha é insubstituível.

Paola ou “Paolinha” só tinha idade; no fundo, mesmo aos 31 anos, sempre foi uma menina. Tinha coração enorme, daqueles grandes demais pro peito, o que muitas vezes foi motivo para ser taxada de boba por quem era incapaz de reconhecer uma pessoa de alma pura, verdadeiramente do bem.

Ser humano de muita fé, fazia doações a quem precisava, respeitava os pais, era ótima amiga, tia maravilhosa, irmã insubstituível. Também fazia sempre o melhor para seguir seu caminho nos ensinamentos de Deus.

“Paolinha fazia de tudo para ser útil a todos que conhecia, precisando ou não, ela fazia questão de ajudar de qualquer maneira”, conta a amiga Isabella, orgulhosa. Não é de se estranhar que ela não suportasse mentira ou injustiça.

Adorava se reunir com família e amigos para desfrutar de uma boa comida. E mesmo sendo quem morava mais longe dentre as amigas, era a mais presente. Nunca deixou a distância ser maior que a amizade.

“Ela sempre trazia presentes, alguma lembrança pra nos agradar, pra tentar demonstrar o seu carinho e amor por todos. A gente até brigava, falava pra ela parar de gastar dinheiro à toa”, ri a amiga.

Formada em Administração de Empresas, Paolinha trabalhava na Transporte Generoso, em Barra Mansa (RJ), havia mais de quatro anos. Seu trabalho e o casamento com o primeiro namorado, a quem tanto amava, faziam com que o casal tivesse muitos planos; inclusive, de serem pais em breve. Contudo, os planos de Deus foram diferentes para eles.

Para a amiga e todos os familiares, Paolinha faz muita falta, principalmente pela sua bondade e pelas lembranças maravilhosas que sempre fez questão de proporcionar, pois parecia saber que sua vida terrena seria breve; logo, tentava amenizar um pouco da saudade que sentiriam.

“É tudo muito recente, mas ela se faz presente em muitos detalhes do nosso dia a dia. Paolinha faz muita falta. Ela fazia a diferença”, diz Isabella.

Paola era ansiosa, tudo precisava ser para hoje. Agora, tenta ensinar às pessoas ao seu redor a viverem sem sua presença, um dia de cada vez. Ela, sempre "café com leite" nas brincadeiras, do tipo que não aceita perder, segue lá do céu orando para que, mesmo com a dor da perda, as pessoas a quem ama não desistam de seguir em frente, também por ela.

Paola nasceu em Barra Mansa (RJ) e faleceu em Barra Mansa (RJ), aos 31 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela amiga de Paola, Isabella Afonso Xavier. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Fernanda Queiroz Rivelli, revisado por Daniel Schulze e moderado por Rayane Urani em 12 de outubro de 2020.