Paulo Gilberto Metzger

1959 - 2020

Levava muito a sério a brincadeira com os netos; todo o resto ficava em segundo plano nesses momentos.

Ele gostava de apresentar o amor àqueles que amava. Amor, este, em toda sua extensão: o rubor dos frios na barriga, o perdão e o autoconhecimento, nas vezes em que a dor se faz inevitável; e quando se doar de corpo e alma é a única opção. O amor infinito.

Paulo foi um exemplo de vida e de fé. Viveu plenamente e conheceu tanto as alegrias de viver, quanto passou por algumas tristezas também. Viveu intensamente, cada detalhe como tinha que ser. Constituiu uma família incrível, fez amigos verdadeiros, trabalhou muito, mas também brincou por demais e se divertiu como nunca. Adorava reunir os familiares para uma boa refeição e tudo era motivo para celebrar. Não sabia dizer "não", principalmente para os doces que a netinha pedia ou suas intermináveis partidas de futebol. Estava sempre disposto a brincar, contudo brincar de verdade. As consequências? Poderiam ficar para depois!

Tinha um sorriso calmo no rosto e uma palavra acolhedoramente sincera. Tratava todos com caridade e com amor, pois via Cristo em cada ser humano. Sonhou até o último instante. Foi assim que Paulo viveu. Celebrou cada momento, se emocionou com cenas de filmes, com histórias e até com as suas novelinhas!

Foi tão amado e tão querido pela família, na mesma medida em que os amou. Ele tem a gratidão de todos e tem a promessa de que continuarão sonhando por ele. Tem o desejo de sua filha de levar para sempre em sua alma o olhar do pai. O olhar gentil e cheio das mais puras intenções, o olhar de entrega, de confiança, de orgulho, crença. Tem a perpetuação de seus gestos de acolhimento e do abraço que fortalece aquele que o oferece, e o que recebe. Paulo leva com ele toda a leveza de ter sido um homem bom e deixa por aqui toda a saudade que pode habitar dentro do coração de quem perdeu o melhor pai do mundo, seu melhor amigo, seu super herói.