1953 - 2020
Rindo, dizia: "Eu acho é graçaaaaa".
Homem simples, honrado e sem vaidades ─ assim era Paulo, que foi resiliente desde o nascimento, enfrentando as adversidades que a vida lhe impunha e lutando contra cada uma como um gigante silencioso para conquistar os seus sonhos.
Paulo amava estar na casa da praia e fazer palavras cruzadas. O filho Silvio conta que o pai ensinou os filhos a "andar nos caminhos de Cristo" e o fez "mais com atitudes que com palavras apenas". "Era temente a Deus e foi um grande homem, que jamais será esquecido", afirma.
Em todos os papéis que desempenhou, Paulo foi, acima de tudo, muito amado. Como filho, foi protegido, mas também cobrado e desafiado a vencer. Como irmão, era tímido, mas dotado de humor ingênuo e sem maldade. Como pai honrado que foi, deixou um legado que dá orgulho: os filhos Thais e Silvio.
Paulo viveu vários amores, cada um ao seu modo. Foram três casamentos: com Maria teve seus filhos; casou-se com Fátima ─ uma pessoa maravilhosa ─ e ficou viúvo; e, finalmente, encontrou outra mulher espetacular, Arlene, sua terceira e última esposa. Com ela ganhou um lugar de honra e agregados, que também o amaram ─ era o "papito" deles.
Gedalva, irmã de Paulo, sente orgulho e gratidão por tudo que viveu ao seu lado e afirma, diretamente a ele: "Seu exemplo me dá ânimo para ser a melhor pessoa. São muitas coisas pra dizer, uma vida inteira não dá pra escrever aqui. Amo você, meu irmão. Até qualquer dia, na presença de Jesus, o nosso Senhor e Salvador. Amo você desde sempre e pra sempre vou te amar. Obrigada por deixar sua marca de homem reto, amoroso, cristão e humilde".
Paulo nasceu em Astorga (PR) e faleceu em São Caetano do Sul (SP), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelos familiares de Paulo, Silvio Oliveira e Gedalva Gomes de Oliveira. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 10 de novembro de 2020.